“Ainda estou otimista, mas tenho de ser honesto, a situação no momento é delicada. Os nossos amigos [europeus] precisam perceber que o Reino Unido deixou a UE para poder exercer um controlo democrático. Ainda estamos muito longe disso”, afirmou o líder conservador, que se deverá reunir “nos próximos dias” com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“Parece muito difícil neste momento. Faremos o nosso melhor”, acrescentou.
A pouco mais de três semanas da rotura definitiva com a UE devido ao fim do período de transição, as negociações entre britânicos e europeus continuam bloqueadas nos mesmos três assuntos: acesso europeu às águas britânicas, como resolver disputas comerciais no futuro acordo e as garantias exigidas em Londres pela UE em termos de concorrência em troca do acesso sem tarifas nem quotas ao mercado único.
No final de uma entrevista por telefone na segunda-feira, Boris Johnson e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiram que as condições para finalizar um acordo “não estavam reunidas”.
Desde a saída oficial da UE em 31 de janeiro, o Reino Unido continuou a aplicar as regras europeias e somente após o final desse período de transição, em 31 de dezembro, é que sairá do mercado único e da união aduaneira.
Na ausência de um acordo, o comércio entre Londres e a UE a partir de 1 de janeiro decorrerá sob as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), sinónimo de taxas aduaneiros ou quotas, arriscando provocar um novo choque em economias já enfraquecidas pela pandemia covid-19.
NR/HN/LUSA
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