“Lamentamos a decisão da Alemanha de interditar a entrada de portugueses em viagens não-essenciais. Além do mais, é uma decisão inútil, face ao auto-confinamento que Portugal já tinha decidido, com sentido de responsabilidade”, dá conta um ‘tweet’ publicado na página do ministério tutelado por Augusto Santos Silva.
Portugal é um dos cinco países mais afetados pela pandemia e cujos cidadãos vão ficar, a partir de hoje, proibidos de entrar na Alemanha, indicou na sexta-feira o Governo germânico.
A decisão, que para já vai vigorar até 17 de fevereiro, obriga ao encerramento das fronteiras terrestres, marítimas e aéreas a viajantes oriundos de Portugal, Reino Unido, Brasil, Irlanda e África do Sul, cinco países fortemente assolados pelo SARS-CoV-2.
A medida, indicou Berlim, visa “proteger a população” e “limitar a propagação” das estirpes identificadas no Reino Unido, Brasil e África do Sul, explicita um comunicado do Ministério da Saúde alemão.
A exceção são os cidadãos destes países que residem na Alemanha, assim como a circulação de mercadorias.
Na quinta-feira, o Governo de Portugal proibiu a saída de portugueses do país e interditou as deslocações por qualquer via para fora do território continental.
O Ministério do Interior alemão referiu, também na quinta-feira, que é intenção do executivo germânico reduzir ao máximo o tráfego aéreo internacional para mitigar a propagação da pandemia.
Há vários meses que a entrada na Alemanha é mais difícil para cerca de 160 países, por causa da imposição de um teste com resultado negativo à presença do SARS-CoV-2 feito menos de 48 horas antes da partida ou logo após a chegada ao território alemão, seguido de uma “quarentena dissuasiva de dez dias”.
Contudo, este tempo de confinamento pode ser encurtado para cinco dias com a realização de um segundo teste.
A Alemanha contabilizou 2.192.850 contágios e 55.752 óbitos desde o início da pandemia. Portugal registou 698.583 infeções e 11.886 mortes.
LUSA/HN
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