O ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize, disse que a África do Sul rejeitou os planos de usar a vacina Oxford-AstraZeneca porque “não previne na doença leve a moderada” da variante detetada na África do Sul.
A vacina da Johnson & Johnson, de apenas uma dose, ainda está a ser testada internacionalmente e não foi aprovada em nenhum país.
Mas Mkhize, num discurso transmitido nacionalmente, declarou que a vacina é segura, contando com testes de 44.000 pessoas feitos na África do Sul, Estados Unidos e América Latina.
As vacinas da Johnson & Johnson serão usadas para lançar a primeira fase da campanha de vacinação da África do Sul, na qual 1,25 milhões de profissionais de saúde serão vacinados, segundo o ministro, acrescentando que os profissionais da área médica serão vigiados de perto para ver que proteção recebem da inoculação.
“A vacina da Johnson & Johnson provou ser eficaz contra a variante 501Y.V2 [detetada na África do Sul] e os processos de aprovação necessários para uso na África do Sul estão a decorrer”, declarou Mkhize.
“Esta etapa da vacinação prosseguirá de forma a implementar um estudo com a parceria do Conselho de Pesquisa Médica e os locais de vacinação do Departamento Nacional de Saúde em todo o país”, disse.
O ministro acrescentou que o estudo permitirá obter “informações valiosas” sobre a pandemia e “garantir a identificação precoce de infeções emergentes, caso ocorram entre os profissionais de saúde vacinados”.
Após esta etapa da vacinação, ocorrerá uma campanha para vacinar cerca de 40 milhões de pessoas na África do Sul até ao final do ano.
A África do Sul usará a vacina Pfizer/BioNTech e outras, possivelmente incluindo a russa Sputnik V e a vacina do laboratório chinês Sinopharm, de acordo com Mkhize.
A pandemia de Covid-19 provocou mais de 95 mil mortos em África, com a África do Sul a ser o país mais afetado no continente, com mais de 46 mil mortos e quase 1,5 milhões de casos de infeção.
A nível global, a Covid-19 matou mais de 2,3 milhões de pessoas desde que o coronavírus que provoca a doença, o SARS-CoV-2, foi detetado pela primeira vez na China, em dezembro de 2019.
Lusa/HN
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