O plano nacional de introdução e vacinação contra a Covid-19 em Cabo Verde, consultado hoje pela Lusa, terá um custo de quase 2,5 milhões de dólares (dois milhões de euros), tendo sido priorizados neste processo os profissionais de saúde, pessoas com doenças crónicas, idosos, professores, profissionais hoteleiros, ligados ao turismo e das fronteiras, polícias, militares e bombeiros.
Para o efeito, “será necessária a aquisição de 267.293 doses” da vacina para a população alvo prioritária, num total de 111.372 pessoas, “e pretende-se vacinar até 2023 um total de 60% da população, sendo 20% em 2021, 20% em 2022 e 20% em 2023”.
“A estratégia foi traçada de acordo com a população alvo definida pelo país e faseada de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde e a disponibilidade das doses”, lê-se ainda.
Dentro do grupo prioritário de vacinação que vai cobrir 20% da população, o plano estima vacinar este ano 4.272 profissionais de saúde, 24.500 doentes crónicos (hipertensão arterial e diabetes), 40.000 idosos (com 60 ou mais anos), 11.280 profissionais hoteleiros ou ligados ao turismo, 1.500 profissionais dos pontos de entrada internacionais, 20.000 professores e de apoio ao funcionamento das escolas, 7.000 agentes da Polícia Nacional, 2.500 militares e 320 elementos do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros.
“A vacina será gratuita para todas as pessoas que serão contempladas, conforme a política de vacinação de Cabo Verde”, define o documento.
Embora sem concretizar sobre a origem dos fornecimentos da vacina, o plano estabelece que apenas o aeroporto internacional da Praia tem condições de armazenamento de frio para receber as vacinas. Além disso, Cabo Verde contará com um ponto de armazenamento nacional do ‘stock’ trimestral das vacinas.
“Em todos os 32 centros de saúde do país existe capacidade para armazenar o ‘stock’ mensal e de segurança, de acordo com a demanda de cada estrutura”, refere-se ainda no documento.
Em Cabo Verde, a Covid-19 já resultou em 141 mortes, com um total de 14.848 casos diagnosticados desde 19 de março de 2020.
Lusa/HN
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