“O saldo global do subsetor da Segurança Social registou em janeiro um excedente de 486,7 milhões de euros, o que representa uma variação de -87,8 milhões de euros face ao período homólogo”, lê-se na nota do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social relativa à Síntese de Execução Orçamental divulgada hoje pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).
Segundo o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho, para o saldo contribuiu um aumento da receita em 1,2% (34 milhões de euros) face a janeiro do ano anterior, para 2.788,1 milhões de euros.
“Este aumento decorre, essencialmente, do aumento das transferências do exterior em 30,8 milhões de euros (+13,8% do que no período homólogo) e do aumento das transferências correntes da Administração Central em 58,2 milhões de euros”, explica o ministério.
Verificou-se, por outro lado, um decréscimo das contribuições e quotizações em 39,7 milhões de euros (2,3% em termos homólogos) para 1.692,4 milhões de euros.
Já a despesa subiu 5,6% (mais 121,8 milhões de euros), atingindo 2.301,4 milhões de euros, devido sobretudo às medidas adotadas no âmbito da pandemia de covid-19, que representam um acréscimo de 117,6 milhões de euros.
Além das despesas relacionadas com a covid-19, o aumento da despesa deveu-se ainda ao aumento em 1,3% dos encargos com pensões e complementos face ao período homólogo para 1.306,3 milhões de euros.
Para o acréscimo da despesa contribuiram ainda as prestações de desemprego, com um aumento de 32,6% face a janeiro de 2019, atingindo 141,9 milhões de euros.
“Verificaram-se ainda diminuições de despesa relacionadas com prestações de parentalidade e com os subsídios e complementos por doença”, refere o gabinete ministerial.
Em 2020, a Segurança Social terminou o ano com um excedente de 2.120 milhões de euros, uma descida de 701,6 milhões de euros face a 2019.
LUSA/HN
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