Brasil contabiliza 482 mil mortos e 17,2 milhões de casos

11 de Junho 2021

O Brasil registou 2.504 mortes e 88.092 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a um total de 482.019 óbitos e 17.210.969 infeções, informou esta quinta-feira o executivo.

Os dados fazem parte do último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, que dá conta de uma taxa de incidência da doença no país de 229 mortes e 8.190 casos por 100 mil habitantes.

O Brasil, que, segundo especialistas de saúde, se aproxima de uma terceira vaga da doença, tem cinco das suas 27 unidades federativas com mais de um milhão de casos positivos, cada.

São Paulo, o Estado mais rico e populoso do país, com 46 milhões de habitantes, é o foco da pandemia no Brasil, concentrando 3.405.481 diagnósticos de Covid-19 e 116.693 vítimas mortais desde o início da pandemia, que chegou à nação sul-americana no final de fevereiro do ano passado.

A nível mundial, o Brasil ocupa a segunda posição na lista de países com mais mortes, depois dos Estados Unidos, e é o terceiro com mais casos, superado pelos norte-americanos e pela Índia.

No total, o Brasil, com 212 milhões de habitantes, registou a recuperação de 15.670.754 casos, sendo que 1.058.196 pessoas infetadas permanecem sob acompanhamento médico no país.

Num momento em que o Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19 avança lentamente no Brasil devido à falta de doses, a rede Globo teve acesso a um documento datado de 27 de agosto do ano passado, o qual mostra que a farmacêutica Pfizer chegou a procurar a embaixada brasileira em Washington (EUA) no sentido de obter uma resposta sobre a compra das vacinas pelo Brasil.

Dirigentes da farmacêutica reuniram-se com diplomatas brasileiros em agosto para falar dos riscos que o Brasil corria em não responder às propostas de venda da vacina.

O documento sigiloso foi enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado brasileiro, que investiga alegadas falhas do Governo, presidido por Jair Bolsonaro, na gestão da pandemia, entre elas, recusas e atrasos na compra de vacinas.

Senadores que integram a CPI consideram que o Brasil já teria vacinado uma parcela maior da população se tivesse feito o contrato com a empresa ainda em 2020.

O vice-presidente da CPI à pandemia, o senador Randolfe Rodrigues, afirmou que a Pfizer enviou 81 e-mails ao Governo brasileiro para tratar de vacinas contra o coronavírus.

O primeiro terá sido em 17 de março de 2020, no início da pandemia.

Contudo, segundo o senador, cerca de 90% dessas comunicações foram ignoradas pelo Governo e por Bolsonaro.

“(…) Iremos descrever toda essa história, triste por sinal, que comprova que o Governo brasileiro claramente negligenciou a aquisição da vacina da Pfizer e de outros imunizantes”, escreveu Randolfe na rede social Twitter.

Apesar de a farmacêutica ter contactado com as autoridades brasileiras várias vezes, ainda em 2020, o Governo brasileiro só assinou um contrato para a compra de vacinas da Pfizer em 19 de março deste ano, quando divulgou a aquisição de 100 milhões de doses.

Até ao momento, apenas cerca de 11% da população do país está vacinada com a dosagem completa de vacinas contra a Covid-19.

A pandemia de provocou, pelo menos, 3.764.250 mortos no mundo, resultantes de mais de 174,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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