Orgulho LGBTI+ volta hoje às ruas para “desconfinar direitos” e “afastar preconceitos”

19 de Junho 2021

Para “desconfinar direitos, afastar preconceitos”, a marcha do orgulho LGBTI+ volta hoje às ruas de Lisboa, depois de uma ausência de um ano devido à pandemia de covid-19, que ainda obriga ao uso de máscara e cumprimento de distâncias.

“Desconfinar direitos, afastar preconceitos” é o lema da 22.ª Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, que “traz à luz os efeitos agravados e sentidos pela sua comunidade após um ano de pandemia”, segundo um comunicado da organização da marcha.

Segundo a organização, os participantes marcham por menos precariedade laboral, melhor acesso à habitação, melhor acesso à saúde, sobretudo à saúde sexual, pela autodeterminação de género sem necessidade de avaliação médica e pela “urgência de uma resposta estatal” para problemas sociais que a comunidade LGBTI enfrenta.

“Uma resposta tanto a nível de recursos sociais, como educativos e políticos, de denúncia e inviabilização da extrema-direita que atenta contra os direitos LGBTI+, pondo a nossa própria existência em risco. Continuamos a ver os nossos direitos desiguais, onde ainda não podemos existir na vida pública de forma pacífica”, defendem os 14 coletivos que organizam a marcha.

Referem ainda que vão levar para a rua temas como o racismo e a xenofobia “que ainda permeiam a nossa sociedade, bem como a luta antipatriarcal e anticapitalista, migrante e contra os abusos de poder institucionalizado”.

A marcha, que costumava partir do Príncipe Real, arranca este ano, excecionalmente, da rotunda do Marquês de Pombal, pelas 18:00, percorrendo a avenida da Liberdade em direção à praça dos Restauradores, onde será montado um palco a partir do qual os coletivos que compõem a organização vão falar aos participantes.

“O percurso foi escolhido para permitir que todas as pessoas participantes consigam manter entre si a distância de segurança devida. Adicionalmente, a organização pede que se use máscara durante todo o percurso e que se desinfetem as mãos com frequência”, refere o comunicado.

A comissão organizadora integra as associações e coletivos: Amplos, APF, Clube Safo, GAT, GTP, ILGA Portugal, Opus Diversidades, Panteras Rosas; PolyPortugal, Por Todas Nós, QueerIST, Queer Tropical, Rede Ex-Aequo, TransMissão.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

CODU do INEM esteve sem receber chamadas de emergência

O Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM esteve hoje cerca de 20 minutos sem receber chamadas 112, um problema que terá estado relacionado com os servidores, adiantou o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.

Acesso à inovação em saúde em debate

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) e a Plataforma Saúde em Diálogo organizam, esta quarta-feira, dia 8 de maio, a segunda edição do Encontro “Proximidade-Farmacêutico-Cidadão”, este ano subordinado ao tema “Acesso à Inovação em Saúde”. O evento decorre a partir das 14:30 horas, no Auditório dos Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa.

Enfermeiros questionam Governo sobre prioridades do SNS

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses questionou hoje o Governo sobre se os profissionais de saúde e o SNS “são mesmo uma prioridade”, após a ministra da tutela ter optado por “atirar a segunda reunião negocial para o final de maio”.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights