Presidente do parlamento açoriano reconhece falta de profissionais em hospital

22 de Junho 2021

O presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, Luís Garcia, disse esta terça-feira ter tomado “boa nota” da “debilidade” de recursos humanos do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, sobretudo ao nível de médicos e de enfermeiros.

Em declarações aos jornalistas, depois de se reunir com a administração do HDES, Luís Garcia disse ter concluído “que há, de facto, uma debilidade” em “termos de recursos humanos” que é “muito evidente” no único hospital público da ilha de São Miguel.

“Tomei boa nota desta situação e das diligências que estão a ser implementadas, quer pela tutela quer pelo conselho de administração, para tentar debelar esta situação para apetrechar melhor em termos de recursos humanos o Serviço Regional de Saúde, em particular o HDES”, afirmou.

Luís Garcia acrescentou que a “debilidade” de recursos humanos se deve “sobretudo” à falta de médicos e de enfermeiros.

Questionado sobre a necessidade de ter uma equipa militar no processo de vacinação contra a Covid-19 em São Miguel, tal como aconteceu nas ilhas açorianas sem hospital, Luís Garcia referiu que todo o auxílio é “bem-vindo”.

“Todos os apoios que possam vir para reforçar esta campanha de vacinação, a proteção das pessoas, cada um individualmente e da nossa comunidade, todos os apoios, venham eles de onde vieram, são bem-vindos e devemos estar abertos a esta cooperação”, declarou.

Sobre eventuais bairrismos entre as ilhas do arquipélago, suscitados pela distribuição das vacinas contra a Covid-19, Luís Garcia apelou à “união de todos os açorianos”.

“A mensagem que deixo é que é uma receita muito importante para o sucesso no combate à Covid-19. A união e a solidariedade entre todas as ilhas e todos os açorianos. Isto é que é fundamental”, assinalou.

O social-democrata destacou que a visita ao HDES teve como um dos “objetivos” homenagear os profissionais de saúde que têm “estado na linha da frente no combate à Covid-19”.

O presidente da Assembleia Regional quis também expressar a “solidariedade do parlamento dos Açores à população da ilha de São Miguel, que tem sido a mais fustigada” pela pandemia provocada pelo SARS-CoV-2.

“Desde que assumi a presidência do parlamento dos Açores, defini como um dos meus objetivos desta presidência estratégica o de aproximar o parlamento de todas as ilhas, das suas instituições e dos seus cidadãos”, acrescentou.

A equipa de saúde das Forças Armadas concluiu no domingo o apoio ao processo de vacinação contra a Covid-19 nas ilhas açorianas sem hospital, tendo inoculado mais de 6.700 pessoas desde 06 de junho.

Os militares integraram a “Operação Periferia”, lançada pelo Governo Regional para assegurar a vacinação em massa das ilhas sem hospital: Flores, São Jorge, Graciosa, Pico e Santa Maria.

A equipa militar não chegou a reforçar a vacinação em São Miguel (uma possibilidade que chegou a ser abordada pelo presidente do Governo Regional) porque a “capacidade instalada” naquela ilha é “suficiente”, adiantou à Lusa o secretário da Saúde do Governo dos Açores na segunda-feira.

Desde 31 de dezembro de 2020 e até 17 de junho, foram administradas nos Açores um total de “187.119 doses de vacina contra a covid-19, correspondentes a 109.258 pessoas com 16 ou mais anos com a primeira dose e 77.861 pessoas com ambas as doses”, segundo avançou a Autoridade de Saúde na segunda-feira.

LUSA/HN

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