Esta recomendação partiu de um projeto de resolução apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE) e aprovado pelos deputados da Comissão de Saúde, com a abstenção da Iniciativa Liberal, revelou hoje à agência Lusa fonte do grupo parlamentar bloquista.
Segundo o projeto de resolução, a UCSP de Mourão tem “2.533 utentes inscritos” e, “muito devido às questões demográficas da região que serve, conta com cerca de 45,07% de idosos nas suas listas”.
“Uma das questões mais preocupantes é o acesso destes utentes a médico de família”, uma vez que, dos 2.533 utentes inscritos, “39,56% não tem acesso a médico de família”, pode ler-se no documento.
Para o BE, esta situação acontece porque, apesar de contar com “um número substancial de utentes inscritos”, a valência dispõe “apenas de um médico, dois enfermeiros, dois secretários clínicos e dois assistentes operacionais”.
Este número de profissionais, “além de manifestamente insuficiente, é também um fator de risco para o funcionamento normal da unidade de saúde”, de acordo com a resolução aprovada no parlamento.
“Em caso de baixa médica de algum profissional ou de um imprevisto, a unidade rapidamente entra em situação de escassez de recursos humanos, como já tem acontecido”, pode ler-se.
A resolução aprovada pelos deputados recomenda ao Governo que proceda à contratação de mais profissionais para a UCSP de Mourão.
No mínimo, é preciso mais um médico de medicina geral e familiar para garantir o acesso de todos os utentes a médico de família.
“A resposta à população começa nos cuidados de saúde primários e a falta de profissionais neste nível de cuidados repercute-se em falhas de resposta à população em funções como a vigilância do estado de saúde dos utentes e a prevenção da doença”, argumentou o BE, no documento.
A UCSP de Mourão, que faz parte do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central, possui, além da sede em Mourão, dois polos nas freguesias de Granja e da Luz.
LUSA/HN
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