“Ficar parado e esperar que a escassez se resolva não é a melhor maneira de gerir uma economia. Precisamos de resolver simultaneamente as necessidades económicas de curto prazo e a reforma económica de longo prazo”, afirmou o diretor geral da CBI, Tony Danker, num comunicado.
A organização, que representa 190.000 empresas com mais de sete milhões de funcionários, quer que o Governo aumente a lista de profissões específicas que alivia as restrições ao recrutamento de estrangeiros, para incluir, por exemplo, motoristas de veículos pesados, soldadores, talhantes e pedreiros.
Outras funções identificadas como tendo carências são a apanha de frutas e flores, limpezas, cozinha, montagem de andaimes ou carpintaria.
A lista que o Governo identificou, aliviando os requisitos para atribuir vistos de trabalho, é sobretudo composta por profissionais qualificadas, como cientistas, engenheiros, informáticos, profissionais de saúde, veterinários ou arquitetos.
Danker aceita a necessidade de formar e recrutar mais trabalhadores britânicos, mas argumenta que isto leva tempo e que são precisas “intervenções temporárias e direcionadas” e avisou que a crise poderá prolongar-se durante dois anos em alguns casos.
Setores como a restauração, transportes e processamento alimentar têm-se queixado nas últimas semanas de falta de mão-de-obra, culpando uma “tempestade perfeita” criada pelo impacto da pandemia covid-19 e do sistema de imigração pós-Brexit implementado desde o início do ano, que complica a entrada de europeus no Reino Unido.
A escassez de motoristas de pesados, muitos dos quais europeus que regressaram aos seus países durante a pandemia, fez com que grandes redes de supermercados como a Tesco e Asda e tenham introduzido prémios iniciais de 1.000 libras (1.167 euros) para atrair candidatos.
Várias lojas e restaurantes britânicos têm também sofrido com a falta de produtos, como bebidas, devido aos problemas na logística de transporte de mercadorias, que também deverão atrasar o início da campanha de imunização contra a gripe no Reino Unido devido à falta de vacinas.
LUSA/HN
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