Rússia, Ucrânia e Bulgária com recordes, casos e restrições crescem na Europa

26 de Outubro 2021

Rússia, Ucrânia e Bulgária voltaram a registar recordes do número de mortos causados pela Covid-19 nas últimas 24 horas, confirmando que o leste e centro da Europa estão a viver um agravamento da pandemia desde o início de outubro.

De acordo com as autoridades locais, a Rússia registou 1.106 mortes de Covid-19 entre segunda-feira e hoje, um novo máximo diário desde o início da pandemia, além de 36.446 novas infeções.

A capital do país, Moscovo, é onde a situação está mais problemática, tendo sido contabilizadas 86 nas últimas 24 horas – um novo máximo diário na cidade -, a que se segue São Petersburgo (75 mortes) e a região de Krasnodar (40).

Face ao agravamento da situação, as autoridades russas decretaram uma semana de férias entre 30 de outubro e 7 de novembro, que pode ser antecipada ou prorrogada por decisão das autoridades, mas só na região de Moscovo estão a ser preparadas medidas restritivas para combater o aumento do número de infetados.

Segundo dados oficiais, 49,2 milhões de russos foram vacinados com o esquema completo e 4,3 milhões receberam apenas a primeira dose da vacina, sendo que, atualmente, a Rússia é o quinto país do mundo com mais casos de Covid-19, atrás dos Estados Unidos, Índia, Brasil e Reino Unido.

Na vizinha Ucrânia, a situação não é melhor.

Nas últimas 24 horas, o país registou 734 mortes por Covid-19, o que representa um novo máximo diário desde o início da pandemia, tendo também detetado 19.120 novos infetados, informaram as autoridades de saúde.

A Ucrânia, com uma população estimada em 44 milhões de habitantes, acumula 2.803.159 casos de Covid-19 e 64.936 mortes por esta doença infeciosa.

Mas até agora, oito meses depois do início da campanha de vacinação, só cerca de sete milhões de ucranianos receberam o esquema completo dos fármacos anti-covid-19.

No centro da Europa, a Bulgária também regista recordes, tendo nas últimas 24 horas somado 243 mortos por Covid-19, um novo máximo no país, e 5.863 novos infetados.

Com 6,9 ​​milhões de habitantes, a Bulgária tem a menor taxa de vacinação da União Europeia, estando imunizada apenas uma em cada quatro pessoas.

Se o número de infetados continuar a expandir-se, o Governo está preparado para estabelecer confinamentos ou limitar a movimentação de pessoas não vacinadas.

Apesar destas regiões da Europa estarem a avançar mais depressa para o que pode ser uma nova vaga da pandemia, todo o continente parece estar a viver uma recuperação epidémica desde o início deste mês.

Nos últimos sete dias, cerca de 1.672.000 casos, ou seja, uma média de 239 mil por dia, foram registados na Europa, composta por 52 países e territórios.

Este cenário representa mais 18% do que na semana passada, e cerca de 60% mais do que em agosto e setembro.

Quarenta e dois países da região registaram aumento do contágio nos últimos sete dias, e apenas sete apresentaram números decrescentes.

Os números atuais continuam abaixo dos mais altos alcançados há um ano, quando, entre 2 e 8 de novembro de 2020, a média de novos infetados atingia os 284.000 casos por dia.

Ainda assim, a Europa é, atualmente, responsável por mais de 55% das novas infeções no mundo.

Entre os países mais afetados por esta retoma da epidemia contam-se também a República Checa, com uma média de cerca de 3.100 casos por dia nos últimos sete dias, 124% a mais do que na semana passada, a Hungria, com 2.000 casos por dia, um aumento de 104%, e a Polónia (quase 5.000 casos, ou seja, mais 95%).

Tendo em conta a sua população, os países atualmente com mais contágios na Europa são a Letónia, a Estónia e a Geórgia.

A Covid-19 já provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infeções registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência francesa de notícias AFP.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Menores de 16 anos procuram ajuda na SOS Voz Amiga para alivar a dor e pensamentos suicidas

Menores de 16 anos com problemas emocionais e alguns que manifestam o “desejo de desaparecer” estão a procurar o serviço SOS Voz Amiga, uma situação recente que deixa quem está do outro lado da linha “sem chão”. O alerta foi feito à agência Lusa pelo presidente da linha de prevenção do suicídio SOS Voz Amiga, Francisco Paulino, no dia em que o serviço completa 46 anos e na véspera do Dia Mundial da Saúde Mental.

MAIS LIDAS

Share This