Demitiu-se funcionário que investigava festa ‘ilegais’ em Downing Street

18 de Dezembro 2021

O chefe dos serviços civis no Reino Unido renunciou hoje à tarefa de investigar as festas de Natal em Downing Street, que terão violado as regras anti-covid, após o seu nome ter sido ligado a uma destas celebrações.

Simon Case tinha sido nomeado pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson para investigar as três alegadas festas de Natal de funcionários públicos em 2020.

Na altura, Londres estava sob confinamento e festas sociais em espaços fechados proibidas.

A notícia, inicialmente avançada pelo tablóide Daily Mirror no início de dezembro, foi, entretanto, repetida por outros meios de comunicação britânicos, que adiantaram detalhes como a participação de dezenas de pessoas que consumiram álcool e fizeram jogos.

Era esperado que Simon Case revelasse dados da sua investigação esta semana, noticia a agência EFE.

Mas fontes citadas pelo The Independente e Político asseguraram que o secretário-geral do gabinete e chefe dos serviços civis, Simon Case, esteve presente numa das celebrações e consumiu bebidas juntamente com os restantes funcionários presentes.

Após estas revelações, um porta-voz de Downing Street revelou que as investigações vão ser agora concluídas por Sue Gray, segunda secretária do Ministério do Equilíbrio Territorial, Habitação e Comunidades.

Downing Street salientou ainda que o atual responsável apresentava a sua demissão para garantir que “a investigação em curso mantém a confiança dos cidadãos”.

Antes, fonte do Governo tinha assegurado que as acusações contra Simon Case eram “categoricamente falsas”.

Allegra Stratton, que foi a porta-voz do Governo durante a cimeira climática COP26, já tinha apresentado a demissão depois de ter sido divulgado um vídeo no qual gracejava sobre uma alegada festa de Natal em Downing Street que terá violado as regras anti-covid.

Nas últimas semanas, Boris Johnson tem sido envolvido em vários escândalos que estão a ter impacto na popularidade até agora elevada.

O Partido Conservador do primeiro-ministro britânico sofreu na quinta-feira uma derrota significativa e surpreendente numa eleição parlamentar, vista como um referendo ao seu Governo após semanas marcadas por polémicas e pelo agravamento da crise pandémica no país.

A candidata liberal-democrata Helen Morgan, que representa o terceiro maior partido de Inglaterra, conquistou 17.957 votos, mais 5.925 do que os conservadores, e venceu a eleição no círculo uninominal em North Shropshire, uma área rural do noroeste da Inglaterra que esteve sempre associada aos ’Tories’ (Partido Conservador).

 A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

LUSA/HN

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