Brasil regista 153 mortes e reduz intervalo para dose de reforço

19 de Dezembro 2021

O Brasil registou hoje 153 mortes por coronavírus e 3.323 novos casos e anunciou que o intervalo de aplicação da terceira dose da vacina vai ser reduzido de cinco para quatro meses, para conter o avanço da variante Ómicron.

Segundo o Conselho nacional de secretarias de saúde (Conass), que recolhe os dados dos 27 estados do país, estes números elevam para 617.754 o total de mortes, num total de 22.212.343 contágios.

No entanto, os números podem ser mais elevados pelo facto de o sistema eletrónico de compilação de dados não ter sido totalmente recuperado após ter sido alvo de um ataque de piratas informáticos, na semana passada.

Ainda hoje, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que a partir de segunda-feira o intervalo para a aplicação da terceira dose da vacina passará a ser de quatro meses após a segunda, ao contrário dos cinco meses atualmente em vigor.

“A dose de reforço é fundamental para conter o avanço das novas variantes e reduzir as hospitalizações e mortes, sobretudo nos grupos de risco”, indicou.

Até ao presente, o Brasil confirmou cerca de 30 casos da variante Ómicron, mas suspeita-se que o número real seja muito superior.

Queiroga também anunciou que foram iniciados contactos com o Ministério da Saúde para estabelecer se a vacina anti-covid da Pfizer passará a ser aplicada às crianças entre 5 e 11 anos, após a autorização concedida esta semana pela agência reguladora da saúde.

No entanto, o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, considerado um dos líderes mais negacionistas do mundo face à pandemia, já manifestou o seu desacordo com a vacinação das crianças.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.753 pessoas e foram contabilizados 1.220.836 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Promessas por cumprir: continua a falta serviços de reumatologia no SNS

“É urgente que sejam cumpridas as promessas já feitas de criar Serviços de Reumatologia em todos os hospitais do Serviço Nacional de Saúde” e “concretizar a implementação da Rede de Reumatologia no seu todo”. O alerta foi dado pela presidente da Associação Nacional de Artrite Reumatoide (A.N.D.A.R.) Arsisete Saraiva, na sessão de abertura das XXV Jornadas Científicas da ANDAR que decorreram recentemente em Lisboa.

Consignação do IRS a favor da LPCC tem impacto significativo na luta contra o cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) está a reforçar o apelo à consignação de 1% do IRS, através da campanha “A brincar, a brincar, pode ajudar a sério”, protagonizada pelo humorista e embaixador da instituição, Ricardo Araújo Pereira. Em 2024, o valor total consignado pelos contribuintes teve um impacto significativo no apoio prestado a doentes oncológicos e na luta contra o cancro em diversas áreas, representando cerca de 20% do orçamento da LPCC.

IQVIA e EMA unem forças para combater escassez de medicamentos na Europa

A IQVIA, um dos principais fornecedores globais de serviços de investigação clínica e inteligência em saúde, anunciou a assinatura de um contrato com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para fornecer acesso às suas bases de dados proprietárias de consumo de medicamentos. 

SMZS assina acordo com SCML que prevê aumentos de 7,5%

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) assinou um acordo de empresa com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) que aplica um aumento salarial de 7,5% para os médicos e aprofunda a equiparação com a carreira médica no SNS.

“O que está a destruir as equipas não aparece nos relatórios (mas devia)”

André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights