“Um membro da delegação testou positivo antes da chegada a Moçambique e, embora o resto da equipa tenha tido repetidamente resultados negativos, decidiu-se não viajar para Moçambique como medida de precaução”, disse à Lusa o porta-voz principal do Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros.
Uma nova data para a visita vai ser concertada com as autoridades moçambicanas, acrescentou.
Antes de Moçambique, Borrell terminou no sábado uma visita ao Quénia, antecedendo a VI cimeira UE-África, prevista para 17 e 18 de fevereiro, em Bruxelas.
A insegurança em Cabo Delgado e a missão europeia que está a treinar tropas moçambicanas estavam na agenda do alto representante em Maputo.
Borrell tinha previstas reuniões com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e com a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, além de uma visita à missão militar da UE no país.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda, a que se juntou depois a Comunidade do Desenvolvimento da África Austral (SADC), permitiu recuperar várias zonas ocupadas, mas continua a haver confrontos pontuais que em dezembro alastraram para a província do Niassa.
LUSA/HN
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