A organização pediu 28 milhões de francos suíços (27 milhões de euros) para ajudar cerca de 500.000 pessoas no país, mas avisou que a população necessitada é maior e mostrou-se “gravemente preocupada pelas comunidades mais vulneráveis”.
“Cerca de 2,4 milhões de pessoas vivem já abaixo do limiar da pobreza e são as mais afetadas pela perda de meios de subsistência, a escassez de alimentos e o aumento vertiginoso do custo dos bens essenciais”, disse em comunicado o chefe do gabinete da FICV para o sul da Ásia, Udaya Regmi.
O secretário-geral da Cruz Vermelha no Sri Lanka, Mahesh Gunasekara, explicou que o impacto da pandemia na ilha foi muito duro e que a situação é mais grave “nas famílias monoparentais, nas que não têm trabalho fixo e nos que sofreram perdas de rendimentos”.
A escassez de alimentos no Sri Lanka obrigou grande parte da população a reduzir o número de refeições diárias, conta a agência Efe.
Devido à quebra nas reservas de moeda estrangeira, a ilha tem falta de produtos de primeira necessidade, enfrenta uma severa escassez de combustíveis, gás para cozinhar e medicamentos desde o final de dezembro.
O país registou também uma subida da inflação de 33,8% em abril, um número recorde nesta nação insular, que atravessa a pior crise económica desde que alcançou a independência do Reino Unido em 1948, segundo números do Governo.
O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, anunciou na terça-feira que as Nações Unidas também lançarão um pedido de financiamento para proporcionar 48 milhões de dólares (45 milhões de euros) durante quatro meses ao país para alimentos, agricultura e saúde.
Mostrando-se consciente de que a população enfrenta “graves dificuldades e escassez” de alimentos, o governante assegurou estar a trabalhar para garantir três refeições diárias.
Segundo o seu gabinete, Wickremesinghe convidou a diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, a visitar o Sri Lanka “o mais cedo possível” para tentar aceder a um resgate monetário urgente.
LUSA/HN
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