“Não temos capacidade para tratar os muitos casos que haverá. Não temos médicos especialistas suficientes, não temos capacidades terapêuticas suficientes e ainda não existem medicamentos adequados”, disse Lauterbach em entrevista ao semanário Die Zeit.
Os problemas relacionados com a “covid longa”, segundo Lauterbach, são muitas vezes subestimados e as suas repercussões não só afetam quem a sofre e o sistema de saúde, como também podem afetar o mercado de trabalho.
“É algo relevante também para o mercado de trabalho porque muitos, infelizmente, não terão a mesma capacidade de trabalho novamente”, apontou.
Lauterbach expressou a sua esperança de que em breve haja uma vacina que atinja especificamente as várias variantes recentes.
“Esperamos que protejam não só contra um desenvolvimento grave da doença, mas também contra a infeção e, portanto, também contra a covid longa”, explicou.
A Alemanha vive o que tem sido chamado de onda de verão com alto nível de infeções, embora não tenha repercussões claras na hospitalização e haja preocupações sobre o que pode acontecer no outono e no inverno.
Lauterbach pediu repetidamente que fossem criadas as condições legais para que algumas restrições pudessem ser reintroduzidas no outono.
A incidência semanal, de acordo com os últimos dados do Instituto Robert Koch (RKI) para virologia, é de 672,9 infeções por 100.000 habitantes, na Alemanha.
No entanto, considera-se que a incidência real deve ser maior, pois muitos dos casos deixam de ser diagnosticados por PCR e ficam de fora das estatísticas.
Desde o início da pandemia houve 29.022.265 infeções confirmadas na Alemanha e 141.862 pessoas morreram por causas relacionadas com a doença.
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