“Faz [hoje] 25 anos” que a unidade abriu no CHTV. Então, “não havia medicina intensiva, abriu com oito camas e, ao longo do tempo, foi-se vendo que era insuficiente e era uma necessidade alargar os cuidados intensivos. Com a covid foi ainda mais notório”, afirmou Ana Albuquerque.
A diretora do serviço de Medicina Intensiva falava aos jornalistas, hoje, após a sessão de inauguração da nova unidade.
Com a nova unidade, continuou a responsável, o serviço dispõe agora de quartos de “isolamento a compressões com regulação de pressões”, que não existem na primeira unidade, que contempla oito camas.
“Já tínhamos dois quartos de isolamento na antiga unidade, mas não havia regulação de pressão. Nestes aqui temos todos estes quartos” em que “é possível regular a pressão negativa, ou positiva, em função das necessidades”, precisou.
A UCIP2 é constituída por oito quartos, cinco individuais, dois com cama dupla e um com três, num total de 12 camas, para além das oito já existentes na UCIP1, totalizando, assim, 20 camas no serviço.
Na “lista de espera” para estrear as camas estão “quatro utentes”, atualmente instalados “numa unidade de cuidados intermédios da cirurgia” e que, “durante o mês de agosto”, serão mudados.
“Depois serão alargadas em função dos recursos humanos, que é uma coisa que não temos neste momento”, afirmou a diretora, salientando que “só [há] quatro médicos a fazer noite” e, por isso, “faltam muitos”.
Sem adiantar nenhum número em específico, Ana Albuquerque admitiu que “dez médicos seria o ideal para estarem sempre dois médicos, por dia, nas 24 horas”.
O secretário de Estado Adjunto da Saúde, António Lacerda Sales, que também participou na sessão de inauguração da nova unidade, destacou que esta “é uma obra muito importante” para a região, considerando que, “nos momentos de comemoração não se fazem essas queixas”.
“Mas nós sabemos que elas existem, com certeza. Na saúde as coisas funcionam assim, quando oferecemos melhores respostas são necessários mais recursos humanos e ainda bem”, acrescentou.
Neste sentido, defendeu que é necessário, fazer “um esforço por reter, para fixar esses recursos humanos, para que possam ter projetos de carreira, possam sentir-se valorizados e possam trabalhar em áreas como esta”, que é, de facto, “aliciante para qualquer médico”.
A UCIP2 envolveu um investimento de cerca de três milhões de euros, financiados na totalidade pelo Governo, através da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) do Ministério da Saúde, indicou o presidente do conselho de administração do CHTV, Nuno Duarte.
NR/HN/LUSA
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