“Vamos ter uma direção executiva e mais um conselho executivo – já sabemos de uma série de cargos – e mantemos o seguinte problema: a Saúde tem estado todos os anos subfinanciada e tem havido um veto constante ao investimento no Serviço Nacional de Saúde”, apontou.
Catarina Martins disse que “essa decisão não tem sido do Ministério da Saúde, tem sido uma decisão tomada pelo primeiro-ministro com os ministros das Finanças e, portanto, dizer que vem aí uma direção executiva sem mudar isto, não muda absolutamente nada”.
“De que adianta uma autonomia face ao Ministério da Saúde se não houver autonomia para investir no SNS e para acabar com o subfinanciamento? Que interessam novos cargos se continuar a ser o primeiro-ministro e o ministro das Finanças a vetar os orçamentos e a capacidade de investimento no SNS?”, questionou.
A líder bloquista reagia ao anúncio do Governo, na sexta-feira, do novo diretor executivo do SNS, à margem de uma visita no Mercado de Produtores de Viseu, no âmbito do roteiro climático que o partido está a fazer.
A propósito da visita contou que uma senhora com quem falou no mercado dos produtores lhe contava que “está há nove meses à espera de uma consulta” para o Centro Hospitalar Tondela-Viseu.
Neste sentido, defendeu que “se calhar o melhor é fazer o que importa: fixar os profissionais no SNS, fazer os investimentos que importa, mexer nas carreiras como é preciso para que as pessoas decidam ficar no SNS e não vão embora”.
“E isto tarda e, entretanto, estamos a discutir o que na verdade não muda nada”, rematou.
NR/HN/LUSA
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