A petição pede ainda que seja reconhecida a urgência da construção de um novo hospital na região Oeste.
O primeiro subscritor, José Augusto de Carvalho, disse hoje à agência Lusa que foram recolhidas cerca de 27 mil assinaturas para a petição ser discutida em plenário.
A petição, à qual a agência Lusa teve acesso, vem solicitar que seja reconhecida “a extrema necessidade e urgência na construção e entrada em funcionamento do novo hospital do Oeste” e as conclusões “técnicas e cientificamente sustentadas” do estudo elaborado pela Universidade Nova de Lisboa.
Os subscritores querem também que o Ministério da Saúde aprove a localização do novo hospital até ao final deste mês e divulgue o calendário das ações a tomar até ao lançamento do concurso público para a obra.
A petição recorda que “há mais de 20 anos” a população da região luta contra “deficientes cuidados de saúde”, por possuir “unidades hospitalares com instalações inadequadas e envelhecidas, equipamentos tecnologicamente ultrapassados e falta de profissionais, com excessiva rotatividade do pessoal médico, em grande parte tarefeiro e com manifesta sobrelotação na acessibilidade”.
Ao estudo “isento, objetivo, técnica e cientificamente inatacável”, os autarcas de Caldas da Rainha (independente) e Óbidos (PSD) “deram o dito por não dito, mandando às urtigas os compromissos que livremente todos haviam assumido, numa atitude divisionista, demagógica e irresponsável”, defendem os peticionários.
Na terça-feira, as câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos entregaram ao ministro da Saúde, Manuel Pizarro, um parecer técnico que defende que “a localização seja acompanhada de medidas de mitigação dos impactes sociais e económicos, que deverão ser devidamente enquadrados nos instrumentos de financiamento da Política de Coesão para o período 2021-2027 e pós 2030”.
Para o efeito, defenderam que a escolha da localização do novo hospital do Oeste deve envolver, além do Ministério da Saúde, os da Coesão Territorial e da Economia.
Em fevereiro, as assembleias municipais da maioria dos municípios da região Oeste aprovaram moções a apoiar a localização para o novo hospital definida (Bombarral) no estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Oeste à Universidade Nova de Lisboa, segundo uma moção aprovada nas respetivas assembleias municipais.
Uma comitiva constituída pelos presidentes das câmaras das Caldas da Rainha e de Óbidos, partidos e movimentos cívicos daquelas cidades entregaram na Assembleia da República uma petição com 13.570 assinaturas, visando alargar os critérios de decisão da localização do novo hospital do Oeste e defendendo que a localização do novo hospital do Oeste seja na confluência dos concelhos das Caldas da Rainha e de Óbidos
A decisão final está a ser equacionada por um grupo de trabalho criado pelo Governo, cujo trabalho tem por base um estudo encomendado pela Comunidade Intermunicipal do Oeste (OesteCim), que apontou o concelho do Bombarral como a melhor localização para a construção do novo hospital.
O novo hospital deverá substituir o atual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
LUSA/HN
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