“Vamos ficar, com as obras que estamos a realizar, com a possibilidade de aumentar a capacidade na cirurgia e nas consultas”, declarou José Manuel Bolieiro aos jornalistas, após visitar o hospital de Ponta Delgada.
Segundo o presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), as intervenções vão “potenciar fortemente a capacidade de resposta do HDES naquilo que é essencial”.
“[Vamos utilizar], por exemplo – e até aparece inacreditável – um quinto piso que, desde da primeira hora que foi construído, nunca foi terminado para relocalizar serviços administrativos, serviços de contabilidade de gestão e informática e libertar espaços para gabinetes de consulta”, assinalou.
Em curso está uma obra de cerca de 500 mil euros no quinto piso do HDES, que vai criar 20 gabinetes destinados a serviços administrativos, libertando espaços para a consulta externa e para exames ambulatórios.
Em janeiro vai arrancar a obra de ampliação do recobro cirúrgico, que vai custar 3,5 milhões de euros e tem uma duração prevista de seis meses.
“Estamos a fazer com o que temos de capacidade instalada, através da requalificação e de alguma ampliação dentro da própria estrutura física existente, uma pequena revolução no que diz respeito às capacidades que o hospital passa a ter”, declarou Bolieiro.
O líder do governo açoriano destacou ainda a requalificação da área destinada à hemodiálise.
“Vamos ter condições de aumentar mais 12 postos de atendimento. O que significa uma ampliação muito significativa face à capacidade instalada de mais de 30%. Vamos de forma progressiva dar resposta às necessidades”, reforçou.
José Manuel Bolieiro prometeu uma “redobrada atenção” quanto à “requalificação e manutenção” do maior hospital dos Açores, criticando a “degradação” da infraestrutura.
“Quero sinalizar a valorização que, no quadro do Serviço Regional de Saúde, damos ao HDES. É essencial. É incompreensível um abandono e uma degradação do mesmo, apesar de ter sido um edifício novo, construído há pouco mais de duas décadas”, afirmou, aludindo ao período de governação do PS (de 1996 a 2020).
Quando questionado, o chefe do Governo Regional respondeu ao líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro (que presidiu ao executivo açoriano de 2012 a 2020), que salientou a ausência de Bolieiro no primeiro dia do plenário de setembro do parlamento açoriano marcado por um debate sobre acessibilidades aéreas.
“Não tenho o dom da ubiquidade. Não posso estar em dois lados ao mesmo tempo. (…) Se olhar ao espelho verá as ausências e as presenças que teve comparado comigo”, atirou o presidente do governo açoriano.
LUSA/HN
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