Consórcio de três empresas vai investir cerca de 20 milhões de euros no Hospital Privado das Beiras

7 de Novembro 2023

Um consórcio de três empresas vai investir cerca de 20 milhões de euros no Hospital Privado das Beiras (HPB), na Covilhã, com entrada em funcionamento prevista para abril de 2025 e a criação entre 150 e 200 postos de trabalho.

A informação foi hoje adiantada pelo administrador executivo da unidade de saúde, António Sàágua, durante uma visita às obras, no antigo edifício do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário, em fase de demolições no interior.

Até março de 2024 o HPB pretende abrir uma clínica na Covilhã e até meio do próximo ano outra em Castelo Branco, para começar a prestar cuidados de saúde em ambulatório.

Os promotores do investimento frisam que o HPB, com duas salas de bloco operatório e 30 gabinetes para consultas externas, tem capacidade para realizar anualmente mais de 100 mil consultas, mais de três mil cirurgias, mais de 70 mil exames e tratamentos e terá disponíveis “mais de trinta especialidades”.

O hospital tem projetadas 30 camas, mais 50 na estrutura residencial para pessoas idosas contígua, para funcionar “em articulação próxima com a unidade hospitalar”, com o propósito de oferecer um atendimento complementado “por um suporte clínico mais robusto”, segundo o administrador.

O HPB, salientou o administrador executivo, “é um projeto simples e de grande ambição”, que pretende ser “complementar ao Serviço Nacional de Saúde” e está a perceber “que necessidades há a colmatar”.

Segundo António Sáàgua, além do bloco operatório, a estrutura ficará dotada de unidade de cuidados intermédios, internamento, equipamento de imagiologia de última geração, laboratório, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e serviço de atendimento permanente, entre outros serviços.

O investimento é uma iniciativa de um consórcio que integra o fundo MedCapital, dedicado ao desenvolvimento de um grupo de saúde privado de âmbito nacional, com unidades no Algarve, Lisboa e Porto, e dois grupos empresariais locais, o Grupo AFFIS e Grupo FPT Energia.

Para o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, esta é uma forma de “fortalecer o ‘cluster’ da saúde na Covilhã”.

“A Covilhã vai passar a ser, cada vez mais, uma cidade da saúde”, vincou o autarca, que se afirmou um “intransigente defensor do SNS [Serviço Nacional de Saúde]” e afirmou que existe por parte dos investidores privados no concelho “uma vontade inequívoca” de criar sinergias com as entidades da região na área da saúde.

O presidente do município acrescentou que “as sinergias entre os projetos privados e o serviço público vem atrair mais médicos” para a região.

Em 30 de outubro foi apresentado o projeto de uma outra estrutura de saúde privada na Covilhã, o Hospital CUF, com abertura prevista para 2027 e instalações junto ao Complexo Desportivo da cidade, num investimento de 35 milhões de euros.

LUSA/HN

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