O transplante, que foi realizado em maio, envolveu uma equipa de mais de 140 cirurgiões, enfermeiros e outros profissionais de saúde, e durou aproximadamente 21 horas, revelou esta quinta-feira o NYU Langone Health, em comunicado.
O paciente, Aaron James, é do Estado do Arcansas, onde trabalhava como eletricista de alta tensão quando sofreu um acidente brutal em 2021, quando o seu rosto tocou num fio de alta tensão.
Mesmo depois de passar por operações reconstrutivas, James perdeu “o olho esquerdo, o braço esquerdo (dominante) acima do cotovelo, todo o nariz e lábios, os dentes da frente, a bochecha esquerda e o queixo até ao osso”, detalhou esta instituição de saúde.
Durante as operações, os cirurgiões decidiram cortar o nervo ótico o mais próximo possível do globo ocular para que o paciente tivesse mais opções no futuro, o que acabou por permitir o transplante ocular.
Embora ainda não se saiba se este homem também recuperará a visão no olho transplantado, o novo órgão “demonstrou sinais extraordinários de saúde, incluindo fluxo sanguíneo direto para a retina”, frisou o hospital.
A operação foi liderada pelo diretor do programa de transplante facial do hospital, Eduardo Rodriguez, que decidiu combinar o olho do doador com células-mãe derivadas da sua medula óssea.
Esta é a primeira tentativa de utilizar células-mãe num nervo ótico, para tentar estimular a regeneração.
A operação mostra que é possível realizar esse tipo de intervenção, mas resta saber se terá efeitos positivos na recuperação da visão, ou apenas estéticos.
LUSA/HN
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