O último relatório da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) sobre a monitorização de despesa nesta área indica que os utentes gastaram, nos primeiros oito meses deste ano, um total de 605,7 milhões de euros com fármacos, mais 37,9 milhões do que no mesmo período de 2023.
Quanto ao SNS, o encargo com medicamentos em ambulatório ascendeu a 1.103 milhões de euros, um crescimento de 43,6 milhões no mesmo período (4,1%).
De acordo com os dados do Infarmed, entre janeiro e agosto, foram dispensadas 127,5 milhões de embalagens de fármacos, mais 5,2 milhões do que no mesmo período do ano anterior, com um encargo médio de 4,75 euros para o utente e de 8,65 euros para o SNS.
O ano de 2023 foi o que registou na última década o maior número de embalagens dispensadas, com mais de 184 milhões, assim como de encargos para o SNS, com quase 1.600 milhões de euros, e para os utentes, acima dos 859 milhões de euros.
A substância ativa Dapagliflozina, para o tratamento da diabetes, insuficiência cardíaca e doença renal, foi a que apresentou maior aumento de despesa, representando um custo para o SNS de 50,6 milhões de euros entre janeiro e agosto, um aumento homólogo de quase 27%.
Já os medicamentos com Semaglutido, indicado inicialmente para o tratamento da diabetes tipo 2, mas também utilizado contra a obesidade, está na sexta posição das substâncias ativas com maiores encargos, custando mais de 26 milhões de euros ao SNS, mais 11,8% do que nos primeiros oito meses de 2023.
O relatório do Infarmed refere ainda que mais de metade das unidades dispensadas neste período corresponderam a medicamentos genéricos (52,1%), ligeiramente acima dos 51,1% registado em 2023.
LUSA/HN
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