No memorando, a que a agência Lusa teve acesso, elaborado a propósito da visita estatutária que o executivo de coligação vai fazer entre quarta e sexta-feira à ilha do Pico, o Conselho de Ilha pede para este ano o lançamento do concurso público para a empreitada de construção do novo centro de saúde das Lajes do Pico e “obras urgentes” de reabilitação dos edifícios dos três centros de saúde da ilha (Madalena, Lajes do Pico e São Roque do Pico).
O organismo reivindica ainda mais recursos humanos e equipamentos e o aumento do número de consultas de especialidade, sobretudo de pediatria e pré-natalidade, para “minimizar a deslocação de utentes a outras ilhas”.
Também pede a “harmonização e interligação administrativa entre os serviços do Hospital da Horta e as empresas de transporte marítimo e terrestre, de modo a agilizar e melhorar o processo de marcação de consultas, tendo em conta os horários dos transportes, de modo a reduzir os tempos de espera dos utentes deslocados” e “um meio de transporte específico para os utentes que se deslocam diariamente entre o terminal marítimo do Faial e o Hospital da Horta e vice-versa”.
O órgão presidido por Rui Matos também volta a propor a reabilitação e adequação do antigo centro de saúde de Lajes do Pico a uma “infraestrutura integrada de serviços públicos destinados à população idosa”.
Na área das infraestruturas, os conselheiros apelam à “necessidade urgente da ampliação da pista do aeroporto do Pico” e a criação de um voo diário na rota Lisboa/Pico/Lisboa na época alta, bem como o “reforço urgente de mais voos nas ligações interilhas (Ponta Delgada/Pico/Ponta Delgada e Terceira/Pico/Terceira) durante todo o ano”.
O organismo pede ainda “informações sobre qual o plano do Governo Regional em relação às Obrigações de Serviço Público” e relativamente ao projeto do porto comercial de São Roque do Pico, bem como a criação de um Parque de Exposições Permanente na ilha.
O Conselho de Ilha quer conhecer o estado do projeto de empreitada do Museu da Construção Naval, em Santo Amaro do Pico, bem como os seus conteúdos, e pede obras de conservação e de manutenção dos edifícios e espaços museológicos da ilha.
Na Educação, pergunta pelo plano de intervenção para o parque escolar da ilha do Pico e pela calendarização da requalificação e manutenção dos edifícios.
À Secretaria Regional da Agricultura e Alimentação, os conselheiros apelam para a “necessidade urgente de obras de reparação e melhoramento na atual rede de caminhos rurais e florestais” e para o “aumento urgente do abastecimento de água à lavoura em toda a ilha”.
Para além da necessidade de sistemas de captação e armazenamento de água em altitude, com lagoas artificiais, pugnam “pela necessidade de se avançar para um projeto de aproveitamento da água da Lagoa do Paúl da Serra do Topo, para o abastecimento de água à lavoura e às populações”.
No memorando, onde são feitas questões ao executivo açoriano sobre várias áreas, os conselheiros também defendem a revisão do Plano de Ordenamento da Orla Costeira, pedem melhoramentos nas casas de aprestos das Lajes do Pico e informação sobre a reparação do porto das Ribeiras e da orla costeira do caminho da piscina.
O Governo dos Açores vai iniciar na quarta-feira uma visita estatutária de três dias à ilha do Pico, no grupo Central.
O Conselho de Ilha é um órgão consultivo do Governo dos Açores composto pelos presidentes das câmaras e assembleias municipais da ilha, por quatro membros eleitos de cada assembleia municipal, por três presidentes de junta de freguesia, um representante do Governo Regional (sem direito a voto) e vários membros das organizações sociais, ambientais, culturais e empresariais da ilha.
NR/N/Lusa
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