Na sexta-feira, fontes do Ministério das Relações Exteriores de Espanha disseram à agência EFE que decorriam negociações contrarrelógio sobre as condições de abertura das fronteiras, com vários países, incluindo Reino Unido e França, principais países de origem de turistas para Espanha.
Com o Reino Unido, designadamente, as mesmas fontes referiram que as negociações visavam decidir se deve ou não ser aplicada uma quarentena aos viajantes britânicos, em reciprocidade com a que Londres impõe aos viajantes espanhóis.
E com França as conversações assentavam na gestão do desfasamento da data de abertura das fronteiras.
Enquanto Espanha tinha previsto abrir as suas fronteiras às 00:00 de hoje (menos uma hora em Lisboa), França só o fará 24 horas mais tarde, segunda-feira, o que, segundo a fonte da EFE, não é considerado particularmente grave pelo Ministério das Relações Exteriores.
Espanha continua também a tentar levar a União Europeia a estabelecer critérios harmonizados e comuns para a abertura das fronteiras, mas se isso acabar por não acontecer, Madrid tomará uma decisão unilateral para estabelecer os seus próprios controlos com base no que está a ser testados no “programa-piloto” nas Ilhas Baleares com mil turistas alemães, acrescentaram as mesmas fontes.
Nesse caso, Espanha optou por estabelecer controlos de segurança sanitária na fronteira, como a medição da temperatura, a inspeção visual, a elaboração de base de dados com informações sobre cada visitante e o acompanhamento dos turistas por telefone.
A única fronteira interna da UE que não será aberta hoje é a que tem com Portugal, já que o Governo português não permitirá a livre circulação antes de 01 de julho, altura em que as barreiras fronteiriças serão levantadas numa cerimónia presidida pelo rei espanhol Felipe VI e pelo Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa.
A maior parte dos países do mundo encerrou as suas fronteiras em março passado para limitar a propagação da pandemia de covid-19.
Mais de três meses depois, as barreiras à circulação de pessoas estão a ser levantadas a tempo de permitir que a viagem dos turistas, uma fonte de receitas muito importante que significa mais de 12% do PIB de Espanha.
LUSA/HN
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