O país contabiliza oficialmente 2.287.475 casos e 84.082 óbitos provocados pelo novo coronavírus.
Hoje, o Brasil registou o segundo maior número de notificações de casos da doença num mesmo dia. O recorde tinha ocorrido na quarta-feira, quando o executivo brasileiro confirmou 67.860 pessoas infetadas pela Covid-19 em 24 horas.
Segundo o Governo, 1.570.237 pessoas infetadas já estão recuperadas e outras 633.156 estão sob acompanhamento.
Um consórcio de empresas de comunicação social que também divulga os números da pandemia recolhidos junto das secretarias de saúde dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal informou que o país somou 58.080 casos da doença no último dia, atingindo um total de 2.289.951 infeções.
Os óbitos confirmados da doença em 24 horas chegaram a 1.317, havendo um total de 84.207 pessoas mortas por causa da pandemia no país, segundo os dados deste consórcio.
Durante uma visita à cidade de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná, que viu infeções pelo novo coronavírus se multiplicarem nas últimas semanas, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, destacou que a chegada do inverno é o “momento mais crítico” para as doenças respiratórias naquela região do país.
“Neste momento, os contágios estão a aumentar. (…) A curva [de infeções] tende a crescer, porque neste momento temos inverno no sul. A gripe aumenta e a Covid-19 também”, afirmou Eduardo Pazuello numa conferência de imprensa.
Um estudo realizado por uma coligação de hospitais do Brasil, que inclui o Albert Einstein, Sírio-Libanês e a Beneficência Portuguesa, publicado hoje no jornal científico “The New England Journal of Medicine”, refere que o uso da hidroxicloroquina em pacientes com sintomas ligeiros ou moderados da Covid-19 não apresentou nenhuma eficácia.
Foram analisados 667 pacientes, em 55 hospitais brasileiros, incluindo 504 pacientes com a Covid-19 confirmada.
Um total de 217 pacientes foram aleatoriamente designados para receber hidroxicloroquina mais azitromicina, 221 tomaram apenas hidroxicloroquina e 229 receberam atendimento padrão, sem o uso destes dois fármacos.
Após 15 dias de tratamento todos os grupos apresentaram percentuais semelhantes de pacientes recuperados. O percentual de óbitos também ficou em 3% em todos os grupos.
Numa transmissão ao vivo nas redes sociais, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que se mantém em isolamento social já que permanece infetado pelo novo coronavírus, voltou a defender o uso da cloroquina que tem a mesma substância da hidroxicloroquina, embora grande parte dos estudos publicados até o momento tenha indicado a falta de eficácia do medicamento para tratar a Covid-19.
Bolonaro afirmou que, enquanto não houver um parecer definitivo contra a prescrição desta substância no combate à Covid-19, esta deve ser usada se for receitada pelo médico e o doente aceitar a prescrição.
O Presidente brasileiro reafirmou que ele e dois ministros recentemente infetados, Onyx Lorenzoni, da Cidadania, e Milton Ribeiro, da Educação, tomaram o medicamento e estão a sentir-se muito bem.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 627 mil mortos e infetou mais de 15,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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