Brasil supera 21,3 milhões de casos após somar 24.611 novas infeções

24 de Setembro 2021

O Brasil ultrapassou hoje a barreira de 21,3 milhões de casos de covid-19 (21.308.178), após ter contabilizado 24.611 novas infeções nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

Face ao número de óbitos, o país sul-americano, um dos mais afetados em todo o mundo pela pandemia, registou 648 mortes entre quarta-feira e hoje, num total de 592.964 vidas perdidas devido à doença causada pelo novo coronavírus.

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da covid-19 no Brasil é de 282 mortes e 10.140 casos por 100 mil habitantes.

São Paulo, o Estado mais rico e populoso do país, é, desde o início da pandemia, o foco interno da doença, concentrando 4.356.590 diagnósticos positivos e 148.688 óbitos.

A nível global, o Brasil, com 213 milhões de habitantes, é o segundo país com mais mortes em todo o mundo, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais casos, antecedido pelos Estados Unidos e pela Índia.

A última edição do Boletim do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação médica da América Latina e vinculado ao Ministério da Saúde brasileiro, reforça a tendência de queda na ocupação de camas destinadas a pacientes com Covid-19 em Estados e municípios do país.

Os dados mostram que nenhuma das 27 unidades federativas do país está em situação crítica, ou seja, com taxa de ocupação superior a 80%.

Contudo, “ainda é necessária cautela, mantendo-se o uso de máscaras e algumas medidas de distanciamento físico, como também acelerar e ampliar a vacinação. Neste contexto, o passaporte vacinal é uma política de proteção coletiva e estímulo à vacinação”, salientaram os investigadores no boletim hoje divulgado.

O relatório destacou ainda o “aumento abrupto do número de casos de covid-19” notificados no sistema informático do Ministério da Saúde na semana passada, frisando que se tratou do “resultado da inclusão de registos que estavam retidos, o que afetou principalmente o Rio de Janeiro e São Paulo”.

Entretanto, apesar dos dados novos terem contribuído para o aumento da média nacional de casos, “não podem ser considerados como uma reversão de tendência de queda da pandemia”, ressalta o texto.

Os investigadores da Fiocruz chamaram a atenção para esse episódio, que “serve como alerta para questões importantes relacionadas ao fluxo de dados e suas consequências” para a tomada de decisões de políticas de saúde pública.

“O atraso na inclusão dos registos relacionados às semanas anteriores contribuiu para uma subestimação dos indicadores de transmissão da doença e de casos, principalmente nesses dois Estados, tendo como um dos resultados possíveis a implantação de medidas de flexibilização sem respaldo em dados”, alertaram os especialistas.

Os investigadores advertiram ainda que, após a fase aguda da pandemia, é preciso que o país se prepare para o combate à covid-19 a médio e longo prazo.

A covid-19 provocou pelo menos 4.715.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 230 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN

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