“Vamos produzir os componentes dos ‘kits’ de deteção do coronavírus, vamos montar os ‘kits’ de proteção e também realizaremos a testagem, portanto, temos o ciclo completo e, na Europa, existem apenas duas empresas e nós somos a terceira”, anunciou o diretor geral da ALS Controlvet.
“Não voltaremos a ter os problemas do passado, de escassez ou de falta de produto em que temos de comprar a preços muito elevados (…) Com um turno, no pior cenário, mais conservador e de menor eficiência, em oito horas produzimos oito mil testes”, afirmou João Cotta.
No caso de haver necessidade, acrescentou, “multiplicam-se para três turnos o que dá uma capacidade diária de 24 mil testes” e, tratando-se de um laboratório que pertence a uma multinacional “que está em 70 países, obviamente há um mercado de exportação automático”.
“Da mesma forma que durante a pandemia ficámos mais limitados, porque as grandes empresas desviaram para países mais poderosos os componentes, nós iremos fazer ao contrário. Iremos reter em Portugal o que Portugal precisar e o resto exportaremos”, afirmou.
Os primeiros kits começam a ser produzidos “na segunda metade de agosto”, disse João Cota, que explicou que, depois de ultrapassadas as várias etapas de licenciamentos, “e correndo bem, o objetivo é estar em condições de introduzir no mercado em outubro”.
O investimento é superior a um milhão de euros, com uma comparticipação de fundos europeus em 95%, “porque foi um projeto que se concretizou em dois meses”, explicou João Cotta.
Portugal regista hoje mais oito mortes e 204 novos casos de infeção por covid-19 em relação a quinta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o relatório da situação epidemiológica da DGS, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 51.072 casos de infeção confirmados e 1.735 mortes.
A região de Lisboa e Vale do Tejo, onde continua a haver mais surtos ativos de covid-19, totaliza hoje 26.067 casos, mais 128 do que na véspera.
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