Câmara de Caminha assegura testagem gratuita à covid-19

18 de Dezembro 2021

A Câmara de Caminha decidiu abrir no sábado, e nos dias 25 e 31, um ponto de testagem à covid-19 para permitir que os bares “trabalhem” e as pessoas “corram o menor risco possível”, foi hoje divulgado.

O centro de despiste da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 será instalado no parque de estacionamento junto ao ‘ferryboat’ que assegura a ligação internacional entre Caminha, no distrito de Viana do Castelo, e a Galiza, funcionando entre as 22:00 e as 02:00.

Em comunicado enviado às redações, a autarquia explicou que “para usufruírem do protocolo gratuito, comparticipado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), os interessados deverão efetuar a marcação prévia no sítio da Internet da Unilabs”.

O ‘drive thru’ estará aberto, a título excecional, também noutros horários, no dia de Natal das 11:00 às 18:00 e no último dia do ano das 09:00 às 16:00.

“A situação da pandemia no concelho de Caminha é diferente da que vivemos há alguns meses atrás, mas merece toda a nossa atenção e medidas excecionais. Tendo o Governo permitido a abertura de bares e discotecas durante a noite, cabe-nos encontrar soluções para permitir que as empresas trabalhem, por um lado e que as pessoas corram o menor risco possível de contágio”, afirmou o autarca socialista, citado na nota enviada à imprensa.

Miguel Alves adiantou que o município decidiu “assegurar financeiramente” o funcionamento do centro de testagem durante a noite, por ser necessário apresentar teste negativo para garantir acesso a espaços noturnos de diversão noturna.

“É uma medida extraordinária, mas que se justifica perante o movimento que sabemos que os bares e discotecas do concelho de Caminha poderão ter naquelas noites”, reforçou.

Um protocolo estabelecido pelo município permitiu instalar, há pouco mais de um ano, um sistema ‘drive thru’ no concelho. O centro de rastreio móvel começou a funcionar em meados de novembro de 2020, ocupando parte do espaço do parque de estacionamento do ‘ferryboat’.

O equipamento está disponível para a realização de testes PCR (Polymerase Chain Reaction), normalmente de segunda-feira a sábado, e arrancou com uma capacidade para realização diária de 200 testes.

Miguel Alves adiantou que face ao período festivo e as contingências sanitárias, a autarquia decidiu “reforçar o policiamento de proximidade, principalmente na noite de passagem do ano”.

“Decidimos contratar o serviço gratificado da GNR que terá mais 14 militares no centro histórico de Caminha na primeira noite do ano, até às 07:30, a que se junta a segurança privada que estará ao serviço na zona da Praça Conselheiro Silva Torres”, assinalou.

O autarca socialista adiantou que, “até sinal em contrário, mantém-se a realização do concerto de passagem do ano, com o cantor, compositor e músico Vírgul, bem como a sessão de fogo-de-artifício que assinalará a entrada de 2022”.

“Para já mantemos a intenção de realizar o concerto e a sessão de fogo-de-artifício, mas tudo será equacionado dia-a-dia. A nossa estratégia passa pelo máximo cuidado, mas temos de dar continuidade às nossas vidas”, disse.

O concerto vai decorrer na Praça Conselheiro Silva Torres que será vedada. Para aceder ao recinto, “o público terá de apresentar certificado de vacinação e o número de pessoas será o adequado para assegurar o afastamento necessário”.

“Teremos 10 seguranças para garantir todas as condições para que o espetáculo decorra no cumprimento de todas as regras em vigor”, adiantou.

“Queremos garantir alegria e cultura e, ao mesmo tempo, evitar que as pessoas se concentrem todas no interior dos bares. O espetáculo ao vivo, gratuito e o fogo-de-artifício farão com que se dispersem pelo centro histórico”, sustentou.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.741 pessoas e foram contabilizados 1.215.774 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 77 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

LUSA/HN

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