Vírus de Marburgo na Guiné Equatorial já provocou dez mortes

4 de Abril 2023

A epidemia do vírus de Marburgo na Guiné Equatorial, que atingiu este país há dois meses, provocou a morte de dez pessoas, de acordo com os dados provisórios avançados pelo Ministério da Saúde.

“Não foram notificados casos nas últimas 48 horas, há 14 casos positivos e 10 hospitalizados, incluindo dois confirmados e oito suspeitos”, disse o ministério através de um comunicado divulgado domingo.

Foi notificada uma nova morte, elevando para dez o número provisório de mortes desde o início da epidemia deste vírus, considerado primo do Ébola e quase tão mortífero.

Um total de “604 pessoas” que terão tido contacto com o vírus estão a ser monitorizadas, em comparação com as 825 que estavam sob vigilância em 30 de março, informou o ministério.

Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) exortou a Guiné Equatorial a comunicar casos do vírus de Marburgo devido a receios de contaminação mais generalizada do que se pensava anteriormente.

A agência da ONU ficou alarmada com uma potencial “epidemia em grande escala”, que poderia afetar os vizinhos Gabão e Camarões.

Foram comunicados casos fora da província de Kié-Ntem, onde causou as primeiras mortes conhecidas, em 07 de janeiro, chegando a Bata, a capital económica do país.

A OMS anunciou o destacamento de “peritos adicionais” para este membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e disse que estava “também a ajudar o Gabão e os Camarões a reforçar a preparação e resposta à epidemia”.

A Tanzânia anunciou, há 15 dias, o início de uma epidemia de Marburgo, com cinco mortes.

O vírus é transmitido aos seres humanos por morcegos da fruta e propaga-se nos seres humanos através do contacto direto com os fluidos corporais das pessoas infetadas ou com superfícies e materiais. A taxa de mortalidade de casos é de até 88%.

Não há vacina aprovada ou tratamento antiviral para o vírus. No entanto, os cuidados de apoio – reidratação oral ou intravenosa – e o tratamento de sintomas específicos aumentam as hipóteses de sobrevivência.

LUSA/HN

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