“Os modelos revistos atualmente apontam que há provavelmente uns 12 milhões de sul-africanos no total (detetados e não detetados) que estão infetados com o novo coronavírus, o que se traduz em cerca de 20% da população”, lê-se num comunicado do Ministério da Saúde, citado pela agência de notícias espanhola, Efe.
“Estamos a conduzir um estudo nacional que deverá deixar-nos mais próximo da seroprevalência real dos anticorpos do coronavírus, dando-nos uma indicação mais precisa sobre a nossa imunidade nacional”, anunciou o Governo.
A confirmarem-se estes dados, o número real de contágios será quase 20 vezes maior que o número oficial de casos positivos, que é de 650.749 até agora, com quase 15.500 mortes e 579.289 pacientes recuperados.
De acordo com a Efe, estes números significam que a economia mais industrializada da África subsaariana teve um enorme número de casos assintomáticos, mais do que o previsto no início da pandemia, quando se estimava que tês em cada quatro casos podiam passar despercebidos.
África registou 170 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, num total de 32.795, e mais de 16 mil pessoas recuperaram, um dos valores mais elevados das últimas semanas, segundo os números mais recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, mais 6.441 novos casos de infeção, para um total de 1.359.724, mais de metade dos quais no norte de África.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 924.968 mortos e mais de 29 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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