Enfermeiros do Hospital do Barreiro protestam esta quinta-feira para exigir fim de “injustiças”

29 de Agosto 2024

Os enfermeiros da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (ULSAR) manifestam-se na quinta-feira junto ao Hospital do Barreiro para exigir que administração regularize situações de progressões e pagamento de horas extraordinárias, disse hoje à Lusa fonte sindical.

Em declarações à agência Lusa, Zoraima Prado, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), explicou que, durante a manhã de quinta-feira, os enfermeiros da ULSRAR vão concentrar-se junto ao Hospital do Barreiro, no distrito de Setúbal, para realizar um plenário e entregar uma moção à administração daquela unidade de saúde local, exigindo respostas a situações “de injustiça”.

A operacionalização imediata das progressões, a correta transição dos enfermeiros especialistas e o pagamento das horas de trabalho extraordinário em dívida são, em linhas gerais, as principais exigências dos enfermeiros.

“Os enfermeiros têm, por exemplo, direito a progressões que ali ainda não se concretizaram. Há problemas com a atribuição de pontos que também têm impacto nos seus vencimentos, que ali ainda não foram ultrapassados, e que são erros que noutras instituições já estão resolvidos, precisamente por intervenção do SEP”, sublinhou.

Segundo a sindicalista, estes constrangimentos já foram ultrapassados nas ULS de Almada/Seixal e da Arrábida, também do distrito de Setúbal.

“Temos aqui uma falta de diálogo e uma série de problemas que se traduzem em dívidas de milhares de euros. Esta falta de diálogo leva-nos a este protesto”, justificou.

Zoraima Prado referiu que os enfermeiros especialistas do antigo agrupamento de centros de saúde já reclamaram da forma como foi feita a transição e que a ULS “está em dívida com, pelo menos, 150 euros”.

Outra das questões apontadas por Zoraima Prado é a regularização de dezenas de enfermeiras do Hospital do Barreiro que não tiveram avaliação de desempenho por terem estado grávidas.

“Esperamos que haja uma resposta do Conselho de Administração e vontade para resolver estes problemas”, apontou, ressalvando que, caso a resposta seja negativa, serão ponderadas novas formas de luta, nomeadamente uma greve.

A Lusa contactou também fonte da administração da ULSAR que remeteu uma eventual resposta para mais tarde.

A ULSAR tem como área de influência direta os concelhos de Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, integrando o Hospital Distrital do Montijo, o Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) e os centros de saúde de Alcochete, Barreiro, Quinta da Lomba, Moita, Montijo e Baixa da Banheira.

LUSA/HN

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