O responsável pela Saúde da comunidade autónoma de Madrid, Enrique Ruiz Escudero, disse esta manhã num encontro organizado pela agência Europa Press que esta possibilidade tem sido discutida internamente no seu departamento.
“Nesta situação em que vivemos com a pandemia, qualquer opção que envolva restrição de atividade ou de mobilidade deve ser estudada”, salientou Enrique Ruiz Escudero.
O responsável pela região onde se encontra a capital espanhola, a mais atingida até agora pela pandemia de covid-19, explicou que esta comunidade autónoma não tem autoridade jurídica para adotar esta medida excecional, que é da responsabilidade do Governo e que, na sua opinião, “não seria aplicável apenas em Madrid, mas em toda a Espanha”.
“É uma decisão que não vemos com maus olhos”, acrescentou Ruiz Escudero.
O Ministério da Saúde espanhola vai reunir-se na quarta-feira com os responsáveis pela saúde das comunidades autónomas, que têm competências para tomar decisões nesta área, esperando-se que do encontro saia algum tipo de indicação comum para enfrentar a pandemia.
O estado de emergência com limitações à deslocação de pessoas está em vigor até sexta-feira em nove concelhos da região de Madrid, entre eles o da capital do país, sendo de prever uma alteração dessas medidas.
As várias comunidades autónomas espanholas têm tomado medidas diversas para conter a propagação da pandemia, como a da Catalunha que decidiu na semana passada fechar todos os cafés, bares e restaurantes durante 15 dias e reduzir a lotação dos centros comerciais para 30% e dos ginásios em 50% para tentar conter o avanço da covid-19.
A progressão da pandemia na Europa tem levado vários países a tomar medidas para baixar a sua incidência, como em França, onde o Governo impôs o recolher obrigatório em nove regiões do país a partir de sábado passado.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 2.198 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (43.726 mortos, mais de 741 mil casos), seguindo-se Itália (36.616 mortos, mais de 423 mil casos) Espanha (33.889 mortos, mais de 974 mil casos), e França (33.623 mortos, mais de 910 mil casos).
NR/HN/LUSA
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