Desse total, 263 óbitos e 15.726 novos casos foram contabilizados nas últimas 24 horas, momento em que a letalidade da Covid-19 no Brasil se encontra fixada em 2,9%.
Já um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 288 vítimas mortais e 17.791 infetados nas últimas 24 horas, totalizando 5.411.550 casos e 157.451 vítimas mortais.
O Brasil, com 212 milhões de habitantes, é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao ocupar a segunda posição mundial na lista de nações com maior número de mortos e a terceira em relação aos casos de infeção.
O Brasil é também um dos países com mais pacientes recuperados (terceira posição mundial), com 4.865.930 pessoas a superarem a Covid-19, enquanto que 386.527 infetados estão sob acompanhamento médico.
O Ministério Público Federal (MPF) brasileiro abriu hoje um procedimento para acompanhar o processo de escolha de possíveis vacinas contra a Covid-19 e o planeamento para a vacinação da população brasileira.
O MPF pediu ainda explicações ao Ministério da Saúde sobre a exclusão de vacinas em desenvolvimento contra o novo coronavírus do calendário nacional de imunização, como é o caso da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
No total, foram enviados pedidos de esclarecimento ao Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ao Instituto Butantan e à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Todos os órgãos têm 15 dias para responder aos pedidos do MPF.
A vacina Coronavac tem sido alvo de uma forte disputa política no Brasil, principalmente entre o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e João Doria, governador de São Paulo e adversário político do chefe de Estado.
O Governo de São Paulo aliou-se à Sinovac para coordenar a última fase dos ensaios clínicos da Coronavac em território brasileiro, e assinou um contrato que incluiu a aquisição e distribuição de 46 milhões de doses do imunizante.
Por sua vez, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou na última terça-feira a intenção do Governo central de comprar mais 46 milhões de doses da fórmula chinesa, ainda em estudo.
Porém, um dia depois, Bolsonaro desautorizou o seu ministro, através das redes sociais, e vetou a compra da Coronavac, argumentando que o imunizante ainda nem sequer havia superado a fase de testes clínicos.
A recusa do chefe de Estado brasileiro contrasta com um outro acordo – firmado pelo seu governo com a Universidade de Oxford e com o laboratório AstraZeneca – para a compra de 100 milhões de doses da vacina, que ambas as instituições desenvolvem e que se encontra na mesma fase de estudos que o imunizante da Sinovac.
João Doria disse hoje, em conferência de imprensa, que as primeiras seis milhões de doses da vacina Coronavac chegarão a São Paulo até à próxima segunda-feira, mas só poderão ser aplicadas após aprovação da Anvisa.
Até ao momento, o executivo brasileiro prevê ter disponíveis cerca de 140 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 no primeiro semestre de 2021: 100 milhões de doses via AstraZeneca/Oxford, e 40 milhões via COVAX Facility, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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