IL considera “incompreensível” eventual substituição da administração da ULS Gaia/Espinho

10 de Fevereiro 2025

O líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, disse que seria “incompreensível” que a atual administração da Unidade Local de Saúde de Gaia/Espinho (ULSGE) fosse substituída, porque em “equipa que ganha” não se mexe.

“Creio que seria incompreensível. Olhamos para os dados de gestão das ULS e esta unidade apresenta excelentes resultados. Em equipa que ganha, por que é que se vai mexer? Há outros interesses? É preciso confrontar o Governo. O Governo tem de ser claro nesses critérios”, disse Rui Rocha.

O líder da IL falava aos jornalistas após uma reunião com Rui Guimarães, presidente do conselho de administração da ULSGE, que terminou mandato em dezembro, mas não é conhecida ainda a sua continuidade ou substituição.

Este impasse já gerou outras tomadas de posição como a de deputados do PS ou do presidente da Câmara de Gaia, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, e motivou já dois abaixo-assinados de diretores de serviço.

A atual administração da ULSGE tomou posse em 2019.

Rui Guimarães foi nomeado diretor clínico do Hospital de Barcelos durante o governo PSD liderado por Pedro Passos Coelho, tendo sido conduzido para o Centro Hospitalar Gaia/Espinho quando Marta Temido tutelava a Saúde no primeiro governo de António Costa.

“Aqui é uma unidade que pelos seus resultados é evidente que houve um grande esforço de gestão e capacidade. É uma ULS com excelentes resultados no contexto do SNS. Estranhamente há um impasse e tememos que esta boa gestão não seja premiada, substituindo a equipa que conduziu a estes resultados por equipas cujo desempenho não está provado e cujo critério [de nomeação] não se conhece”, referiu Rui Rocha.

No mesmo dia em que desafiou a ministra da Saúde Ana Paula Martins a dar a conhecer os critérios para as recentes nomeações, o líder da IL apontou que “com tantos problemas no SNS é um péssimo sinal que, neste caso, em que estão em substituição equipas de conselhos de administração em funções, não se exija rigor experiência e competência”.

“E se exija outra coisa qualquer estranha aos interesses da população (…). Já estivemos demasiado tempo de ocupação do aparelho do estado por clientelas ligadas ao PS. Seria um drama para o país e para o SNS que outros interesses clientelares se impusessem no SNS”, concluiu.

NR/HN/Lusa

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