Médio Oriente: Ajuda humanitária em Gaza “ameaçada de colapso total”

18 de Abril 2025

Uma dúzia de organizações não-governamentais (ONG) alertou hoje que a ajuda humanitária na Faixa de Gaza está "ameaçada de colapso total" devido ao bloqueio imposto por Israel à entrada dos apoios desde 02 de março.

“Façamos o nosso trabalho”, afirmaram os representantes dos Médicos do Mundo, Oxfam, Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) e de outras ONG, que, num comunicado conjunto, frisaram que o mundo está a testemunhar “um dos piores fracassos humanitários” da atual geração.

Praticamente todas as ONG foram obrigadas a suspender ou a reduzir drasticamente a ajuda ao território palestiniano desde a rutura do cessar-fogo entre Israel e o grupo radical Hamas, a 18 de março, referiram as organizações, citando um inquérito realizado junto de 43 organizações que prestam ajuda em Gaza.

“Todos os habitantes de Gaza dependem da ajuda humanitária para sobreviver. Esta linha de vida foi completamente cortada desde que as autoridades israelitas impuseram um bloqueio à entrada de ajuda, a 02 de março”, denunciaram.

“Temos mantimentos prontos. Temos pessoal médico formado. Temos os conhecimentos necessários. O que nos falta é o acesso ou a garantia das autoridades israelitas de que as nossas equipas podem fazer o seu trabalho em total segurança”, acrescentaram.

Cerca de 400 trabalhadores humanitários e 1.300 profissionais do setor da saúde foram mortos em Gaza desde 07 de outubro de 2023, data que marca o início do conflito no enclave palestiniano, segundo indicaram as ONG, citando um relatório da ONU.

“Apelamos a todas as partes para que garantam a segurança do nosso pessoal e permitam o acesso seguro e desimpedido da ajuda a Gaza através de todos os pontos de entrada. Apelamos aos líderes mundiais para que se oponham a quaisquer novas restrições”, afirmaram ainda.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, tutelado pelo Hamas, pelo menos 1.691 palestinianos foram mortos desde 18 de março, elevando para 51.065 o número de mortos no enclave desde o início da ofensiva de retaliação israelita, há 18 meses.

A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

NR/HN/Lusa

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