O Inquérito Transporte Terrestre na Europa, desenvolvido pela Global Business Travel Association (GTBA) Europa, cuja recolha de dados ocorreu entre 03 e 20 de setembro de 2020, foi realizado a nível europeu para analisar a situação atual da mobilidade urbana e as suas implicações nas viagens de negócios após o aparecimento da covid-19.
Em análise esteve a situação em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Polónia.
O estudo apresenta Portugal como o quarto país dos sete analisados que usa com maior frequência as plataformas de táxis e TVDE nas viagens profissionais, atrás de Espanha (87%), da Polónia (78%) e de Itália (74%).
O inquérito conclui que os viajantes de negócios europeus utilizam as ‘apps’ de serviço de transporte de passageiros com frequência idêntica tanto para viagens em trabalho como a título pessoal.
Apenas na Polónia e Alemanha estes serviços são usados mais vezes nas viagens particulares do que nas deslocações de trabalho.
Segundo o estudo, os TVDE – Transporte Individual e Remunerado de Passageiros em Veículos Descaracterizados a partir de Plataforma Eletrónica – já eram os preferidos dos portugueses nas viagens de trabalho (75%), seguindo-se os veículos de aluguer (73%) e o comboio / linha ferroviária de transporte de passageiros de longa duração (71%).
Num ambiente normal, os viajantes de negócios europeus interessavam-se por utilizar diferentes meios de transporte terrestre em viagens de trabalho, com o interesse a tender para a linha ferroviária de longa distância, veículos de aluguer, táxis tradicionais e ainda os veículos privados (TVDE) ou condutores independentes.
Estes resultados demonstram que o serviço de transporte de passageiros através de uma plataforma online está enraizado como opção de transporte entre os viajantes de negócios na Europa, o que se veio acentuar, nalguns casos, com a chegada da pandemia devido essencialmente a três fatores: segurança, conforto e facilidade de reserva.
As principais prioridades na escolha do transporte terrestre nas viagens de negócios dos portugueses são a segurança (71%), conforto (56%) e a facilidade de reserva (41%), em linha com os restantes parceiros europeus.
Uma grande maioria dos gestores de viagens está interessada em utilizar os fornecedores de transporte terrestre “preferenciais” que consideram garantir o cumprimento dos padrões de segurança/sanitários (88%) e o rastreamento dos dados das viagens de transporte terrestre – tais como destinos ou nomes de condutores – para ajudar a rastrear os contactos (79%).
E, se os gestores de viagens estão interessados nas medidas de segurança relacionadas com o coronavírus, também os viajantes de negócios têm interesse nessas mesmas medidas, se tiverem de viajar em trabalho no atual ambiente, a maioria dos clientes em Portugal (82%), tem interesse em utilizar os fornecedores de transporte terrestre “preferenciais” que a sua empresa considerou garantir o cumprimento dos padrões de segurança/sanitários e o rastreamento dos dados das viagens de transporte terrestre.
LUSA/HN
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