“O nosso país receberá uma doação desta vacina que cumpre os padrões internacionais” estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Administração Nacional de Produtos Médicos da China, adiantaram as autoridades de Malabo, através dos canais oficiais.
De acordo com a mesma informação, na Guiné Equatorial foram já concluídos os trabalhos técnicos para a receção, transporte e armazenamento da vacina e aprovado um plano nacional de vacinação.
“Com esta primeira doação, implementar-se-á a primeira fase do plano de vacinação na qual se imunizará 4% da população, nomeadamente pessoal de saúde em contacto direto com doentes Covid-19, pessoas de alto risco e funcionários que trabalham em pontos de entrada no país e contactam com turistas”, explicaram as autoridades.
Sem avançar datas concretas para a chegada das vacinas ou para o início da vacinação, Malabo adianta que o processo decorrerá “de forma gradual” com o objetivo de “imunizar a maior percentagem de população”.
A vacina da Sinopharm é aprovada na China para uso público geral e está também a ser utilizada em vários outros países, nomeadamente nos Emirados Árabes Unidos.
Em África, as Seychelles começaram o seu programa de vacinação em janeiro com 50 mil doses de vacinas da Sinopharm, oferecidas pelos Emirados Árabes Unidos, e 100 mil doses da AstraZeneca/Oxford, produzidas pelo Instituto Sérum da Índia e oferecidas pelo governo indiano.
Egito, Marrocos, Tunísia e Argélia foram outros países que encomendaram vacinas à Sinopharm, que está também em conversações para fornecer vacinas a países como o Senegal ou o Botsuana.
Duas vacinas Covid-19 de empresas chinesas, incluindo a da Sinopharm, desencadearam imunidade contra a variante do coronavírus altamente transmissível encontrada pela primeira vez na África do Sul, segundo um estudo de laboratório divulgado no início de fevereiro.
Como parte da denominada “diplomacia das vacinas”, em maio, o Presidente chinês, Xi Jinping, abordou as necessidades de vacinas dos países em desenvolvimento, oferecendo-se para fornecer a vacina chinesa como um “bem público” a um preço acessível.
Em outubro, Liu Jingzhen, presidente da Sinopharm, disse a 50 diplomatas africanos que visitaram uma fábrica da farmacêutica, na China, que uma vez desenvolvida a vacina, a empresa tomaria a “liderança” na distribuição do imunizante aos países africanos.
África regista um total de 96.241 óbitos por Covid-19 e 3.690.488 de infetados em 55 países e territórios, de acordo com os dados mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).
Desde o início da pandemia, a Guiné Equatorial notificou 87 óbitos e 5.614 casos de infeção pelo novo coronavirus.
O primeiro caso de Covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.325.744 mortos no mundo, resultantes de mais de 106,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa/HN
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