Em conferência de imprensa em Braga, o dirigente daquele sindicato Nelson Pinto referiu que em causa está a não notificação, por parte da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), da avaliação do desempenho dos enfermeiros referente ao biénio 2017/2018.
“A perda salarial é de 200 euros por mês e o total acumulado é de 5.600 euros nos enfermeiros posicionados no início da carreira”, referiu.
Contactada pela Lusa, a ARSN respondeu, por escrito, que está a “envidar todos os esforços no sentido de que, no mais breve espaço de tempo possível, seja possível a superação [do problema], sem prejuízo dos enfermeiros em causa”.
Nelson Pinto explicou que a avaliação foi feita mas os resultados nunca foram comunicados aos profissionais, apesar das “muitas tentativas” feitas pelos mesmos e pelo sindicato.
“Sem sabermos os resultados, não sabemos como fomos avaliados nem podemos avançar com qualquer contestação. O que sabemos é que há certamente centenas de enfermeiros que estão a ser prejudicados com esta demora. É uma situação intolerável e inaceitável, é uma vergonha”, apontou.
Disse ainda que há enfermeiros que só ficaram a saber que progrediram no escalão remuneratório através do respetivo recibo de vencimento.
“Uns estão já a receber mais e outros não, sem que estes saibam o porquê”, acrescentou.
Há um ano, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) promoveu uma concentração frente às instalações da ARS-N, no Porto, precisamente por causa do processo de avaliação.
Este ano, e por causa da pandemia, o SEP optou por protestar através de uma conferência de imprensa.
“Não vamos desistir”, garantiu Nelson Pinto, equacionando mesmo a via jurídica para fazer valer os direitos dos enfermeiros.
Vincou que também o processo de avaliação do biénio 2019/2020 “muito dificilmente ficará concluído a tempo”.
Para o SEP, a não resposta da ARS-N e das demais autoridades que têm tutela sobre o assunto é “mais uma demonstração de que o Governo quer poupar à custa do esforço, competência, responsabilidade e total disponibilidade dos enfermeiros”.
Lusa/HN
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