Guiné Equatorial suspende ligações entre o continente e região insular

13 de Fevereiro 2021

A Guiné Equatorial vai suspender as ligações aéreas e marítimas entre a região insular e a região continental, até novo aviso, por falta de material para a realização de testes à covid-19, foi hoje anunciado.

“A partir de domingo, 14 de fevereiro, até data a ser comunicada, estão suspensos todos os voos e viagens de barco entre Malabo e Bata e vice-versa, porque o material com que são realizados os testes de PCR está esgotado”, explicou o Governo de Malabo, na sexta-feira, numa nota difundida pela televisão estatal.

Aquele país da África Central, com 1,3 milhões de habitantes e membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), enfrenta um ressurgimento da epidemia de covid-19, que levou a decretar, na terça-feira, o recolher obrigatório.

Segundo a agência France-Presse (AFP), desde 23 de dezembro, para viajar entre as duas regiões, é obrigatória a apresentação de um teste PCR negativo.

A suspensão do transporte entre as duas regiões “é um duro golpe para o país, que está muito dependente das importações, uma vez que o continente abastece a região insular com produtos agrícolas”, refere a AFP.

As trocas entre as duas regiões já tinham sido suspensas, pela primeira vez, durante o primeiro confinamento, que vigorou entre 15 de abril e 15 de junho de 2020.

Desde o início da pandemia, a Guiné Equatorial anunciou oficialmente 5.663 casos de contaminação e 87 mortes. As estatísticas oficiais do Governo dão nota de mais de 50 novos casos por semana, em média, desde o início do ano, contra os 15 registados anteriormente.

As autoridades de saúde lançaram, na sexta-feira, a primeira fase da campanha de vacinação contra a covid-19.

A campanha arrancou após ter sido recebida uma doação da China, de 100.000 doses da vacina desenvolvida neste país pela empresa Sinopharm.

O vice-presidente, Teodorin Nguema Obiang, também presidente do Comité Nacional de Combate à Covid-19,  e a mãe deste, a primeira-dama, foram os dois primeiros vacinados.

LUSA/HN

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