De acordo com fonte governamental, a administração da vacina, pela primeira vez no país, será feita no Centro de Saúde da Achada de Santo António, na capital cabo-verdiana, pelas 10:00 locais (11:00 em Lisboa) a seis profissionais de saúde, correspondendo à abertura da primeira caixa com doses.
A primeira a ser vacinada será a enfermeira mais velha daquela unidade de saúde.
Cabo Verde recebeu 24 mil doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca em 12 de março e 5.850 da Pfizer dois dias depois, prevendo o Governo lançar a vacinação nacional em 19 de março e assumindo a meta de vacinar 70% da população até final do ano.
Contudo, a campanha vai arrancar apenas com vacinas da Pfizer, enquanto são aguardados esclarecimentos sobre a segurança das da AstraZeneca, anunciou esta semana o ministro da Saúde cabo-verdiano.
Arlindo do Rosário explicou que “manda o princípio da precaução que as dúvidas levantadas sejam totalmente esclarecidas”, relativamente às vacinas da AstraZeneca.
“No dia 19 [de março], tal como previsto, iniciaremos a vacinação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao SARS-CoV-2 com a vacina da Pfizer”, anunciou.
As doses já recebidas em Cabo Verde inserem-se num total de 108 mil a fornecer pela AstraZeneca ao abrigo da Covax, iniciativa fundada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa garantir uma vacinação equitativa contra o novo coronavírus.
Contudo, nos últimos dias têm surgido suspeitas de alegados efeitos secundários da vacina da AstraZeneca, que levaram vários países a suspender o seu uso.
Arlindo do Rosário acrescentou que a OMS e a Agência Europeia de Medicamentos “até ao presente não encontraram nenhuma relação entre a vacina e os casos de hemocoagulação que foram relatados” em pessoas vacinadas com doses da AstraZeneca.
Enquanto aguarda a clarificação sobre a segurança da vacina do fabricante anglo-sueco, explica que o Ministério da Saúde, em articulação com a Entidade Reguladora Independente da Saúde (ERIS), “irão acompanhar de perto o evoluir da situação” e “fazer as devidas recomendações ao Governo por forma a permitir uma decisão devidamente ponderada e responsável antes de se iniciar com a aplicação da vacina”.
LUSA/HN
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