Vacinas da Pfizer e da Moderna podem estar associadas a inflamações cardíacas

10 de Julho 2021

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) denunciou hoje que as vacinas da Pfizer e da Moderna poderão estar associadas a ocorrências raras de inflamações no coração, após analisar 321 casos já vacinados contra o SARS-CoV-2.

A miocardite e pericardite são doenças inflamatórias do coração, apresentando sintomas como a falta de ar, palpitações e dores no peito.

O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) estudou 145 casos de miocardite e 138 casos de pericardite, após serem inoculados com a vacina da Pfizer, tendo analisado apenas 19 casos de cada inflamação, dos vacinados com a Moderna.

Até ao final de maio, cerca de 177 milhões de doses da vacina da Pfizer e 20 milhões doses da Moderna haviam sido administradas Espaço Económico Europeu (EEE).

O PRAC aconselhou atualizar as informações das vacinas, no sentido de incluir o efeito colaterais e aumentar a consciencialização entre as equipas de saúde e os utentes.

O comité recomendou ainda a restrição da comercialização da vacina da Johnson&Johnson para as pessoas com histórico de síndrome de derrame capilar, doença de Clarkson.

De acordo com o PRAC, é aconselhável adicionar uma advertência para doença de Clarkson, em que o fluido vaza pequenos vasos sanguíneos provocando inchaço, pressão arterial baixa, espessamento do sangue e níveis baixos de albumina no sangue.

O PRAC acrescentou que as informações do produto usado na AstraZeneca incluem um aviso para consciencializar sobre os casos de síndrome de Guillain-Barré (SBG), que podem ter sido relatados após a vacinação.

A síndrome provoca inflamação nos nervos e pode resultar em dor, dormência, fraqueza muscular e dificuldade em andar.

Em junho, o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos anunciou que a ocorrência de inflamações no coração em adolescentes e jovens adultos poderá estar associada às vacinas da Pfizer e da Moderna contra o SARS-CoV-2.

De acordo com a informação divulgada por este organismo, há registo de inflamações no coração, ainda que raras, em adolescentes e jovens adultos que receberam os fármacos desenvolvidos pela Pfizer (em parceria com a BioNTech) e pela Moderna, duas vacinas centralizadas no método RNA (Ácido Ribonucleico).

Investigadores convocados pelo CDC revisitaram estas ocorrências de miocardite e pericardite, ou seja, inflamações do músculo cardíaco ou da membrana do coração.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Ordem firme na necessidade de se resolver pontos em aberto nas carreiras dos enfermeiros

O Presidente da Secção Regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros (SRRAAOE), Pedro Soares, foi convidado a reunir esta sexta-feira na Direção Regional da Saúde, no Solar dos Remédios, em Angra do Heroísmo. Esta reunião contou com a presença de representantes dos sindicatos e teve como ponto de partida a necessidade de ultimar os processos de reposicionamento que ainda não se encontram concluídos, firmando-se a expetativa de que tal venha a acontecer até ao final deste ano.

APDP apresenta projeto “Comer Melhor, Viver Melhor” no Parlamento Europeu

Uma alimentação que privilegie um maior consumo de produtos vegetais, quando planeada equilibradamente, pode contribuir para melhorar os resultados em saúde nas pessoas com diabetes tipo 2, evidencia o projeto “Comer Melhor, Viver Melhor”, apresentado pela APDP no Parlamento Europeu no passado dia 18 de abril.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights