Entrevistas
Miguel Castanho: “As doenças associadas ao cérebro são muito difíceis de tratar”

Miguel Castanho: “As doenças associadas ao cérebro são muito difíceis de tratar”

É como se de uma pedra preciosa se tratasse. O cérebro, um dos órgãos mais importantes, é o diamante do corpo humano capaz de impedir que a maioria dos medicamentos o atravessem. O seu mecanismo protetor pode torna-se um problema para o tratamento de algumas doenças. De acordo com o investigador do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, Miguel Castanho, cerca de “98% dos medicamentos que usamos não chegam ao cérebro”.

Diabetes: Controlo global dos fatores de risco é essencial para evitar a principal causa de morte em Portugal

Diabetes: Controlo global dos fatores de risco é essencial para evitar a principal causa de morte em Portugal

O risco de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) – a principal causa de morte em Portugal – é duas a quatro vezes superior nos doentes com diabetes. Em entrevista exclusiva ao HealthNews, Luís Andrade, assistente hospitalar de Medicina Interna e diretor de serviço do Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, explicou a relação entre a diabetes e o AVC e sublinhou a importância de envolver todos os doentes e seus médicos na prevenção, através do controlo global dos fatores de risco.

Susana Castro Marques: O projeto Real World Life “permite trazer a realidade dos doentes para dentro da Pfizer”

Susana Castro Marques: O projeto Real World Life “permite trazer a realidade dos doentes para dentro da Pfizer”

Foi há um ano e meio que a Pfizer decidiu dar à luz um novo projeto “estruturado e colaborativo” entre a companhia e a comunidade académica. A simbiose de conhecimentos é aos olhos da Diretora Médica da Pfizer a grande aposta do projeto Real World Life, uma iniciativa que prevê uma parceria com cinco instituições académicas de investigação para promover a inovação em Portugal. Para Susana Castro Marques, as instituições “têm um contacto com a realidade dos doentes e da população que é muito importante para a indústria farmacêutica”.

Mário Dinis Ribeiro: Equipa do IPO-Porto “está atenta ao que vai sucedendo e inova ao serviço dos doentes”

Mário Dinis Ribeiro: Equipa do IPO-Porto “está atenta ao que vai sucedendo e inova ao serviço dos doentes”

O mundo parou para se dedicar à Covid-19, mas o Instituto Português de Oncologia continuou a cuidar dos doentes com cancro e a desenvolver investigação na sua área. No Porto, o IPO quis saber se é benéfico recorrer à inteligência artificial no diagnóstico dos doentes com síndrome de Lynch. O estudo desenvolvido neste âmbito (“Accuracy of Artificial Intelligence-based Colonoscopy in Lynch Syndrome: when you should never miss an adenoma”) foi um dos oito vencedores do Prémio de Pesquisa ESGE Medtronic. Nesta entrevista, o diretor do Serviço de Gastrenterologia do IPO-Porto, Mário Dinis Ribeiro, falou-nos deste projeto e dos quatro eixos de ação – que começam na prevenção e terminam no tratamento e cuidado dos servidores – que é preciso desenvolver para alcançar o “sonho” de ninguém morrer de cancro digestivo.

Ana Pina: “A transição digital na saúde permite trazer mais eficiência e acesso aos serviços”

Ana Pina: “A transição digital na saúde permite trazer mais eficiência e acesso aos serviços”

De acordo com a Diretora da Digital Health na Future Healthcare, os benefícios com a transição digital na Saúde “são imensos”, aumentando a eficiência e acesso dos doentes aos cuidados médicos. “Com o fim da pandemia, não surgem dúvidas de que a saúde digital serve para pensarmos novos modelos e caminhos de prestação e acompanhamento do cuidado dos nossos doentes”, afirma.

Dr. João Vasco Barreira: “Referenciação precoce é a chave do diagnóstico e tratamento do cancro de pulmão”

“O prognóstico do cancro do pulmão de não pequenas células é cada vez melhor porque entendemos cada vez melhor a doença”. Por outro lado, João Vasco Barreira, oncologista no SAMS Lisboa, assinala que “possuímos cada vez mais armas terapêuticas em todos os espetros da doença, quer do ponto de vista neoadjuvante, ou seja, num estádio inicialmente limitado, quer do ponto de vista da doença localmente avançada irresecável, quer em estádio metastático”.

Jorge Silva: Maioria dos doentes que chegam à hemodiálise “nunca passaram por um nefrologista”

Jorge Silva: Maioria dos doentes que chegam à hemodiálise “nunca passaram por um nefrologista”

Em entrevista exclusiva ao HealthNews, o diretor do Serviço de Nefrologia do Hospital Garcia de Orta, Jorge Silva, teceu duras críticas aos decisores políticos, os principais responsáveis, segundo o especialista, por mais de metade dos doentes nunca terem sido seguidos em consulta por um nefrologista antes de iniciarem a hemodiálise, e pela grande maioria ter de suportar um tratamento penoso, que obriga os doentes a sair de casa e, por vezes, a percorrer centenas de quilómetros, quando existem outras soluções que permitem viver melhor com doença renal crónica. O médico lamenta que os governantes nunca tenham tido a coragem de responder às necessidades dos doentes com esta patologia, que poderá ser a quinta causa de morte no mundo dentro de duas décadas.

Diana Breda: “A revisão da carreira é uma prioridade como nunca foi antes”

Diana Breda: “A revisão da carreira é uma prioridade como nunca foi antes”

Com eleições à porta, a candidata à liderança da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) garante que o seu principal objetivo será “insistir para que a tutela coloque a revisão da carreira na agenda da política negocial”. Diana Breda deixa críticas sobre o “trabalho claramente insuficiente” da atual direção, alegando não estar “sozinha nisto”. “Há muita gente a considerar que houve falta de empenho na questão da revisão da carreira”, garante. A candidata lamenta a falta de reconhecimento da profissão, defendendo que a lista B representa a “mudança”. As eleições estão agendadas para próxima terça-feira, dia 31 de maio.

João Eurico Cabral da Fonseca: Novos biológicos e inibidores da sinalização intracelular poderão tratar mais doentes com artrite reumatoide

João Eurico Cabral da Fonseca: Novos biológicos e inibidores da sinalização intracelular poderão tratar mais doentes com artrite reumatoide

A artrite reumatoide é uma das doenças que a medicina consegue tratar, mas é preciso avaliar adequadamente as características do doente e aplicar o tratamento apropriado. Estas foram algumas das notas que João Eurico Cabral da Fonseca deixou numa entrevista em que se falou sobretudo de terapêutica. Nesse campo, o diretor do Serviço de Reumatologia do Hospital de Santa Maria destacou dois “momentos históricos”: a introdução dos medicamentos biológicos e a introdução dos inibidores da JAK. Foram duas grandes inovações, mas há doentes com doença a progredir porque não respondem aos tratamentos, pelo que é imperioso continuar a inovar.

Germano de Sousa: Num mundo ameaçado pelas alterações climáticas, o grande alerta passa pelos laboratórios

Germano de Sousa: Num mundo ameaçado pelas alterações climáticas, o grande alerta passa pelos laboratórios

O Grupo Germano de Sousa teima em continuar a crescer. Depois da pandemia de Covid-19, em que admite ter tido um papel fulcral, o grupo tenciona preparar-se para as próximas ameaças, permanecendo próximo dos doentes e dos clínicos de todo o país e acompanhando a evolução da ciência e da medicina. Em entrevista exclusiva ao HealthNews, o fundador falou dos principais marcos dos últimos dez anos e dos grandes desafios do futuro. “Vai ser um mundo no qual os laboratórios convencionados vão continuar a constituir uma grande barreira contra todas essas infeções. O grande alerta passa por nós”, disse Germano de Sousa.

Ana Sampaio: “A doença inflamatória do intestino pode surgir em qualquer altura da vida”

Ana Sampaio: “A doença inflamatória do intestino pode surgir em qualquer altura da vida”

Estar num espaço sem casa de banho pode tornar-se o grande pesadelo de muitos doentes com doença inflamatória do intestino (DII). Um estudo recente alertou para o impacto emocional e psicológico da doença. Os resultados apontam que pessoas com Doença de Crohn e fístulas perianais têm mais dificuldades em falar sobre a sua condição com outros, evitando inclusive ter relações sexuais. Estima-se que cerca de 25 mil portugueses sofram com DII.

Nuno Jacinto: “Não podemos assumir que o problema das urgências é responsabilidade dos cuidados de saúde primários”

Nuno Jacinto: “Não podemos assumir que o problema das urgências é responsabilidade dos cuidados de saúde primários”

As recentes críticas sobre a falta de resposta por parte dos cuidados de saúde primários não caíram bem ao dirigente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Nuno Jacinto recusa que esteja a haver “um alívio da pressão nos centros de saúde”, alegando ser “natural” que com a falta de médicos de família “a resposta comece a ser mais deficitária e acabe por ter impacto noutros elos da cadeia”. O médico de família recusa, assim, que aumento da pressão das urgências hospitalares seja “só uma responsabilidade dos cuidados de saúde primários”, tratando-se de “um jogo do empurra que não interessa a ninguém”.

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