Em final de agosto, precisamente numa conferência de imprensa após uma reunião do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, justificou esta decisão do Governo de impor novas regras a partir de 15 de setembro, de forma preventiva, com a “mudança significativa de rotinas” que acontecerá.
“O Governo considera que esta mudança significativa nas rotinas, na utilização dos transportes, o regresso às aulas e um regresso mais significativo ao mercado de trabalho pode necessitar de medidas adicionais”, disse então Mariana Vieira da Silva.
Na segunda-feira, no Porto, à entrada da reunião que marcou o regresso dos encontros entre especialistas, políticos e parceiros sociais para analisar a situação epidemiológica de covid-19, o primeiro-ministro, António Costa, alertou que Portugal vai entrar “numa fase crítica” devido à mudança de estação, início do ano letivo e recomeço de muitas atividades, apelando ao cumprimento das regras para controlar a pandemia.
Esta reunião, de acordo com fonte do executivo, seria importante para acertar estas medidas a adotar a partir de terça-feira.
Já na quarta-feira, o chefe do executivo socialista reafirmou que uma situação de confinamento “é um não cenário”, porque o país não a suportaria, e voltou a pedir aos portugueses para serem “muitíssimo disciplinados” no cumprimento das regras.
De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado na quinta-feira, Portugal registou nas últimas 24 horas mais três mortes relacionadas com a covid-19 e 646 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-Cov-2.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 898.503 mortos e infetou mais de 27,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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