A envergadura da operação de testagem levou a Câmara de Santiago do Cacém, presidida por Álvaro Beijinha, a disponibilizar pavilhões temporários no recinto da feira da cidade, onde serão realizados, a partir de sexta-feira, os testes aos residentes daquele concelho.
Em declarações à agência Lusa, Álvaro Beijinha confirmou que o número de casos ativos no concelho é, agora, de 15 (eram oito na quarta-feira), um aumento que está “associado a um surto detetado num município vizinho” e que a autarquia está “a acompanhar”.
O autarca referia-se a um surto detetado em 27 de agosto, em Sines, que motivou rastreios nos concelhos vizinhos de Alcácer do Sal, Santiago do Cacém e Grândola e que levou, no sábado, ao encerramento de um restaurante em Melides após a deteção de três casos positivos entre os proprietários e funcionários do estabelecimento.
“Dos 15 casos ativos no concelho neste momento, julgo que 11 estarão associados a esse foco. Estamos a acompanhar o evoluir da situação com as autoridades de saúde, mas mantendo a tranquilidade. Por vezes, o pior é as pessoas entrarem em pânico. O mais importante é as pessoas manterem o distanciamento social e cumprirem as orientações das autoridades de saúde”, sublinhou Álvaro Beijinha.
Os novos casos detetados em Santiago do Cacém levaram, entretanto, ao isolamento de duas salas de um infantário da cidade, confirmou à Lusa o delegado de saúde municipal, Joaquín Toro.
“Numa das salas, uma criança testou positivo e noutra foi o pai de uma das crianças. Isolámos as duas salas, seguimos todas as recomendações e a Proteção Civil já está a tomar conta do processo de desinfeção dos espaços. Em princípio, amanhã [sexta-feira] as crianças da sala onde houve um caso positivo e a criança cujo pai também está infetado farão o teste”, explicou o médico.
Perante o alastrar de casos na comunidade, Álvaro Beijinha referiu que existem “naturais preocupações”, apesar de a maioria serem “jovens adultos” e lembrou que os cuidados “têm de estar presentes em todos”, até porque, como se tem visto, os números “têm subido em todo o país”.
“Sabíamos que o processo de desconfinamento traria isto, mas desconfinamento não significa relaxamento e julgo que uma boa parte das pessoas têm encarado dessa forma”, lamentou.
Por fim, Álvaro Beijinha lembrou que o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil “está ativo praticamente desde o início” da pandemia, situação que se mantém até decisão em contrário.
Portugal contabiliza pelo menos 1.852 mortos associados à covid-19 em 62.126 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
LUSA/HN
0 Comments