Segundo o boletim diário das autoridades de saúde italianas, o país contabiliza, no total, 414.241 pessoas infetadas pela Covid-19 desde o aparecimento dos primeiros casos de infeção no país, em 21 de fevereiro.
O registo de 11.705 novos casos de infeção da covid-19 nas últimas 24 horas é o maior aumento já registado durante a pandemia da Covid-19, embora se realizem agora muitos mais testes do que no início da crise pandémica, destacando-se a realização de 146.500 testes à Covid-19 nas últimas 24 horas.
O boletim diário do Ministério da Saúde de Itália dá ainda conta de 69 mortes, o que eleva o número total para 36.543 mortes.
Atualmente, Itália tem 126.327 pessoas infetadas pela Covid-19, em que a maioria está isolada em casa, com sintomas leves ou nenhum sintoma.
No entanto, como tem sido observado nas últimas semanas, o número de pessoas que precisam de ser hospitalizadas está a aumentar, verificando 7.881 pessoas hospitalizadas nas últimas 24 horas (mais 559 do que no sábado), das quais 750 precisam de cuidados intensivos (mais 45 do que no sábado).
De acordo com os especialistas na área da saúde, o sistema hospitalar italiano tem, por enquanto, capacidade e não está saturado.
Neste âmbito, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, vai dar hoje uma conferência de imprensa para anunciar as novas medidas para conter o crescimento da pandemia da Covid-19, após os representantes das regiões terem apresentado propostas ao Governo, incluindo a autorização das farmácias para a realização de exames de diagnóstico da doença.
A agência de notícias Efe avança que um dos pontos mais debatidos tem a ver com o funcionamento de bares, restaurantes e outros estabelecimentos, que durante uma semana devem fechar à meia-noite (se não tiverem serviço de mesa, fecham às 21:00).
As regiões de Itália concordaram quanto ao horário de funcionamento destes espaços e são favoráveis à obrigação de os estabelecimentos que não têm serviço de mesa fecharem às 18h para evitar que as pessoas fiquem à porta para beber ou comer alguma coisa.
Além disso, as regiões italianas pediram ao Governo maior controlo nas zonas de festa e defendem que as feiras gastronómicas e outros eventos podem ser suspensos.
Neste momento, não há propostas para limitar o funcionamento de cabeleireiros, salões de beleza, ginásios e piscinas.
Por outro lado, querem que o Executivo promova o teletrabalho para evitar a saturação dos meios de transporte, uma das grandes preocupações no âmbito da pandemia no país.
As regiões italianas que registam mais casos são a Lombardia (norte), epicentro da crise pandémica na Itália, desde o início e hoje com quase três mil casos positivos da covid-19, concentrados principalmente na capital da região, Milão, e a Campânia (sul), com capital em Nápoles, onde ocorreram quase 1.400 casos (embora tenham sido feitos metade dos testes do que na Lombardia, cerca de 14.200).
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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