Campanha de Joe Biden focada no voto dos negros e na luta contra dois “vírus”

2 de Novembro 2020

O candidato democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, passou os últimos dias de campanha a apelar ao voto dos negros e considera que Donald Trump é também “um vírus”.

Na reta final da campanha para as eleições de terça-feira, Joe Biden procura o voto dos eleitores negros, o que lhe aumenta as probabilidades em estados importantes, e esteve domingo em Filadélfia, onde se referiu às “disparidades baseadas na raça” em todos os aspetos do vírus da Covid-19.

E considerou que a “manipulação” do Presidente, Donald Trump, sobre a pandemia foi “quase criminosa”, acrescentando que atingiu especialmente a comunidade negra.

A senadora Kamala Harris, candidata a vice-presidente de Joe Biden, fez campanha na Geórgia, uma “fortaleza” republicana que os democratas acreditam poder ganhar, se os eleitores negros votarem em força.

Com mais de 91 milhões de votos já expressos, Donald Trump e Joe Biden estão a concentrar-se nas suas bases de apoio e a apelar ao voto.

Joe Biden está também a denunciar o que chama de manifestações de apoiantes republicanos para perturbar as eleições. O candidato disse que apoiantes de Donald Trump atacaram um autocarro da sua caravana.

No Iowa, o Presidente e candidato Donald Trump disse aos apoiantes estar a prever uma “onda vermelha” de votos no dia das eleições (terça-feira), afirmando em Dubuque: “Gosto do dia das eleições, e a maioria de vocês também”.

Donald Trump concentra os últimos dias de campanha no Michigan Iowa, Carolina do Norte, Geórgia e Florida. E disse estar a preparar-se para os desafios legais sobre a contagem de votos, uma questão que tem repetido.

O candidato democrata tem insistido no problema da Covid-19. Neste domingo em Filadélfia, salientou à multidão que para vencer o novo coronavírus é preciso primeiro vencer Donald Trump que é também “um vírus”.

A Covid-19 também colocou em rota de colisão a Casa Branca e o imunologista Anthony Fauci, coordenador da luta contra as doenças infecciosas nos EUA.

Neste fim de semana o especialista criticou a estratégia de Donald Trump para gerir o ressurgimento da pandemia de Covid-19 e a Casa Branca acusou-o de querer fragilizar o candidato presidencial.

Numa entrevista pública no sábado Anthony Fauci disse que os Estados Unidos não podiam estar “pior posicionados” para lidar com o aumento do número de casos de Covid-19, e que o Presidente já não quer ouvir os seus conselhos. E considerou que Joe Biden leva a epidemia a sério.

Os Estados Unidos registaram na sexta-feira um número recorde de novos casos de coronavírus em 24 horas, mais de 94 mil, e quase mil mortes, só nesse dia.

LUSA/HN

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