Esta medida de apoio à comunidade está a ser implementada numa altura em que o concelho contabiliza 52 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus e integra o grupo de 121 sujeitos a um “confinamento parcial” a partir de quarta-feira.
O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, disse à agência Lusa que, junto ao centro de saúde, na sede do município, foi instalada uma tenda destinada “à execução de testes covid-19” e explicou que a realização destes testes no interior do edifício criava dificuldades de gestão do espaço.
Por suz vez, nas extensões de saúde de Pedras Salgadas e Campo de Jales também foram instaladas tendas que se destinam aos utentes, para espera pelas consultas médicas e evitar que fiquem no exterior, neste período de outono e inverno.
Com esta solução, segundo o autarca, “pode ser marcado um maior número de consultas presenciais”.
O município do distrito de Vila Real tem já ativa uma Zona de Concentração e Apoio às Populações (ZCAP), que está, neste momento, a ser utilizada por duas pessoas infetadas.
Alberto Machado adiantou que estão “mais duas ZCAP preparadas para emergência de utilização” quer de pessoas positivas quer outras que necessitem de fazer o isolamento profilático.
Depois do Governo ter passado a decisão da realização de feiras e mercados do levante para os municípios, Alberto Machado disse que Vila Pouca de Aguiar vai manter a realização da feira quinzenal “com todas as medidas de prevenção e recomendações da Autoridade de Saúde”.
Esta decisão estende-se aos restantes cinco municípios do Alto Tâmega.
“Um dos motivos é que, das avaliações que temos de situações de contágio, não temos conhecimento de nenhuma situação que tenha acontecido nas feiras. E não fazia sentido porque os feirantes vivem das feiras e é fundamental as famílias chegarem ao final do mês com um rendimento que permita a sua sobrevivência”, referiu.
Alberto Machado disse que a maior parte dos contágios se está a verificar em situações sociais, de família ou amigos, e lembrou que a autarquia já está há semanas a apelar à população para evitar deslocações desnecessárias e atividades sociais.
“Este é um dos pontos do país em que há um maior índice de contágio, ou seja, em que um infetado contagia mais indivíduos”, alertou o autarca.
O autarca associou “uma grande parte dos novos casos” a situações “de mobilidade”, como o regresso a casa de universitários, e insistiu na responsabilidade de cada um para ajudar a travar a disseminação da doença, apelando ao cumprimento das medidas de contenção como a utilização da máscara”.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Unidade de Saúde do Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Tâmega e Barroso, o concelho registou 109 casos de infeção desde o início da pandemia.
Portugal contabiliza pelo menos 2.635 mortos associados à covid-19 em 149.443 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
LUSA/HN
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