“É importante que os guineenses percebam que ainda que a Covid-19 possa não ser, no fundo, o maior problema de saúde pública da Guiné-Bissau, leva-nos a fechar escolas, perturba a campanha do nosso principal produto de exportação, a castanha de caju, leva ao encerramento do aeroporto e da nossa economia”, afirmou a epidemiologista.
“Agora é que vamos começar a sentir os efeitos negativos da pandemia na nossa economia, no bolso das pessoas, na vida das famílias e de cada um de nós”, disse, em entrevista à Lusa.
Por isso, defendeu Magda Nery Robalo, é importante que as pessoas aceitem a “mudança de comportamento”.
“O uso da máscara correto e sempre que estejamos na presença de outras pessoas, ajuda-nos a mandar os nossos filhos para a escola, a participar na exportação da castanha de caju, a ter o nosso turismo, por pequeno que seja, a funcionar”, salientou a Alta-Comissária para a Covid-19.
Magda Robalo explicou que se os guineenses contribuírem para estancar a pandemia a nível mundial também vão ter benefícios.
“É importante que possamos retomar a dinâmica da nossa economia e isso passa por ter a Covid-19 controlada. Para ter a Covid-19 controlada, cada um de nós tem de continuar a desinfetar as mãos, a lavar as mãos com água e sabão, a usar máscara, a distanciar-se, a evitar aglomerações para termos um Natal feliz um novo ano que espero próspero”, salientou.
A alta-comissária disse acreditar também que os guineenses “são guerreiros” e que vão trabalhar para evitar que a Covid-19 volte a entrar em força no país, porque “perturba” a vida das pessoas.
A Guiné-Bissau regista atualmente um total acumulado de 2.441 casos de Covid-19 no país, 64 dos quais permanecem ativos, e 44 vítimas mortais.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
LUSA/HN
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