António Costa aguarda inquérito epidemiológico para saber quanto tempo continuará isolado

17 de Dezembro 2020

O primeiro-ministro, António Costa, disse aguardar que as autoridades de saúde concluam o inquérito epidemiológico para saber quanto tempo terá de continuar isolado, explicando, sobre a reunião com o Presidente francês, que “nem tudo se consegue resolver à distância”.

António Costa está desde hoje em isolamento profilático preventivo, depois de ter estado na quarta-feira, em Paris, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que testou positivo ao novo coronavírus.

Em conferência de imprensa feita inteiramente por videoconferência para anunciar as novas medidas decididas pelo Conselho de Ministros devido à pandemia, o primeiro-ministro explicou, tal como já tinha sido divulgado, que o teste que tinha feito hoje de manhã – no âmbito da preparação da sua visita entretanto cancelada a São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau e às tropas portuguesas no Mali e República Centro Africana – deu negativo, mas o período de incubação relativamente ao contacto de risco “ainda perdura”.

“E, portanto, tenho que me manter isolado até lá e aguardo, neste momento, que as autoridades de saúde concluam o processo de inquérito epidemiológico para saber durante quanto tempo vou ter que permanecer isolado, mas felizmente sinto-me bem, não estou com nenhum sintoma, estou com condições de manter o trabalho e vou continuar a trabalhar à distância enquanto a saúde assim o permitir”, assegurou.

Em relação ao facto da reunião com o presidente Macron ter sido presencial, o primeiro-ministro português começou por referi que este tinha sido um encontro “muito importante na preparação da presidência portuguesa”.

“Infelizmente nem tudo se consegue resolver à distancia, mas obviamente a proximidade, como se vê também neste caso introduz riscos e aquilo que eu tenho a desejar ao presidente Macron é a sua rápida recuperação e que não tenha produzido contaminações de mais contaminações de mais ninguém, a começar por mim próprio que desejo também não ter ficado contaminado”, explicou.

LUSA/HN

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